Cidades

Adultos filmam, agridem e arrancam cabelo de menores na rua

 Imagens exibidas pela TV TEM e divulgadas na internet mostram agressão a duas meninas, de 16 e 13 anos, no meio da rua em Tietê (SP). A violência teve o envolvimneto de dois adultos: um homem é suspeito de filmar a briga e uma mulher de bater nas meninas, segundo o delegado da cidade Fernando César Reis. As duas apanham no vídeo, têm as roupas e sutiãs rasgados, as calcinhas arrancadas, os cabelos puxados e cortados com tesoura. Além dos adultos, outras duas adolescentes também são suspeitas de participação. 

Elas apanham com chutes e socos, e na gravação é possível vê-las sendo arrastadas pelo asfalto. O caso ocorreu no Jardim Santa Cruz no domingo (4), afirma a polícia. As três agressoras ainda não foram localizadas. No vídeo aparecem ainda outras pessoas que participam menos ou só incitam a agressão. Elas também serão responsabilizadas por incitar a violência, segundo Reis.

Apesar de já ter identificado  participantes da agressão, Reis ainda não sabe como cada uma participou e nem o grau de parentesco entre elas. Não soube informar também se há mais de três agressoras. “Vou conversar com todos os envolvidos nesta quarta-feira (7) para saber quem fez o quê. Por enquanto são quatro suspeitos de envolvimento. Todos irão responder pelos atos cometidos”, conta.

Reis ainda explica que o motivo da confusão começou no sábado (3), quando as duas meninas agredidas estavam em uma festa em uma chácara e brigaram com outras duas adolescentes. “A família das agredidas foi tirar 'satisfação' com as duas menores no dia seguinte. Pelo que apuramos até agora, esse seria o motivo para a agressão e filmagem”, explica.

Caso de tortura
Os envolvidos responderão por lesão corporal agravada pela circunstância torpe (que fere os bons costumes), pela falta de defesa das vítimas e até por tortura, segundo o delegado. "Além disso, resta a humilhação e injúria quando uma das moças foi vítima ao cortarem o cabelo com tesoura. A divulgação de imagens com o propósito de humilhar ainda mais agrava a situação deles", diz Reis.

O delegado disse ainda que outra circunstância é que há menores envolvidas na agressão, e são incitadas por maiores. "Essa conduta tem a pena ainda mais grave que a lesão corporal."

Ainda de acordo com o delegdo, as vítimas serão levadas ao Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) para acompanhamento e atendimento psicológico.

 

 

Fonte: G1

Redação

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