Cidades

Adolescente suspeito de atropelar menina ficará impune

Grazielly Almeida Lames, 3 anos, atropelada por uma moto aquática em Bertioga (Foto: Reprodução EPTV)

O adolescente, de 16 anos, suspeito de atropelar com uma moto aquática a menina Grazielly de Almeida Lames, de 3 anos, ficará impune na esfera criminal. O atropelamento foi em 18 de fevereiro de 2012, na Praia de Guaratuba em Bertioga.

Segundo o advogado  da família de Grazielly, José Beraldo, o juiz da 2ª Vara Criminal de Bertioga aplicou ao jovem medidas socioeducativas de prestação de serviços à comunidade pelo prazo de seis meses a ser cumprida em estabelecimento adequado. O advogado disse ainda que  o juiz concedeu liberdade assistida ao adolescente. Beraldo informou também que apesar disso, o magistrado admitiu que houve prescrição e baseado na legislação julgou extinta a punibilidade do jovem.

O advogado explicou que o tempo de prescrição é de quatro anos, mas no caso de pessoas até 21 anos ou maiores de 70 anos, o prazo cai pela metade. Beraldo culpou o Judiciário que não deu prioridade ao caso.

O advogado ressaltou que isso não se estendeu aos outros envolvidos no atropelamento. O caseiro Erivaldo Francisco de Moura, conhecido como Chapolin, foi condenado a um ano e dois meses de detenção a cumprir em regime aberto em 21 de outubro deste ano. O advogado afirma que pede o julgamento do empresário José Augusto Cardoso que era dono da moto aquática. Beraldo alegou que o empresário não ajudou a socorrer a criança, fugiu do local e nunca ligou para prestar solidariedade para a família.

De acordo com a sentença, o caseiro foi condenado a um ano e dois meses de prisão em regime aberto que será substituído por serviços prestados à comunidade. Ele foi condenado por homicídio culposo e lesão corporal. 

Segundo o advogado de acusação José Beraldo, a família da menina está inconformada com o resultado da sentença e irá recorrer da decisão, pedindo o aumento da pena. “Entrei com o pedido de pena máxima de quatro anos com prisão porque o caseiro sabia o que estava fazendo, entregando uma moto aquática a um adolescente", disse.

O advogado também quer que a Justiça reconheça que o caseiro também não prestou socorro à família no momento do acidente. A família da vítima também reivindica que os pais do adolescente sejam condenados a pagar uma indenização de R$ 11,5 milhões. 

O G1 tentou falar com o advogado de defesa Francisco Assis Henrique Neto Rocha, mas não conseguiu encontrá-lo até a publicação desta reportagem.

Outros acusados
Em outro processo, os réus são o padrinho do adolescente e proprietário da moto aquática, José Augusto Cardoso Filho, o proprietário da marina Thiago Veloso Lins e o mecânico Ailton Bispo de Oliveira, que fez um reparo na embarcação, são acusados de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

O dono da marina e também o mecânico são acusados porque fizeram a manutenção no veículo, mas depois a perícia constatou que havia um problema na moto aquática que não foi verificado durante a manutenção. Eles também são acusados de lesão corporal culposa porque, antes de atingir a menina, a moto aquática desgovernada acabou esbarrando em uma banhista que teve ferimentos pelo corpo.

O caso
O acidente aconteceu no sábado de carnaval de 2012, na Praia de Guaratuba, em Bertioga. A garota havia chegado ao litoral um dia antes do acidente junto com um grupo de dez pessoas, entre familiares e amigos. Um adolescente de 13 anos pilotava a moto aquática em alta velocidade e atropelou Grazielly Lames.

A menina foi socorrida pelo helicóptero da Polícia Militar, mas já chegou sem vida ao Hospital Municipal de Bertioga. O corpo de Grazielly foi enterrado em Artur Nogueira, no interior de São Paulo, cidade onde a criança morava com os pais.

Fonte: G1

Redação

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