Dez condenados por tráfico de drogas na Indonésia — entre eles, o brasileiro Rodrigo Gularte — não serão executados neste mês.
Uma ordem judicial adiou nesta quinta-feira a audiência do recurso contra a rejeição do pedido por clemência presidencial da Austrália para impedir a morte de dois cidadãos do país.
Eles já estão na Ilha de Nusakabangan, onde devem ser executados. No grupo estão ainda o brasileiro e cidadãos da França, Filipinas, Gana, Nigéria e Indonésia.
a quarta-feira (18), o vice-presidente do país, Jusuf Kalla, indicou à Reuters que a Indonésia está mais cautelosa em relação aos recursos após esforços diplomáticos dos países que têm cidadãos no corredor da morte para tentar evitar as execuções.
— Nós sempre iremos ouvir e considerar opiniões, não apenas da Austrália, mas também de França e Brasil. É por isso que estamos sendo muito cuidadosos… após os processos da lei."
Quatro dos condenados no corredor da morte recorreram contra a sentença depois que o presidente Joko Widodo rejeitou seus pedidos de clemência no ano passado.
A família do brasileiro Rodrigo Gularte pediu clemência por motivos de doença mental. Na semana passada, o procurador-geral disse a repórteres em Jacarta que Gularte estava sendo examinado por profissionais médicos. As autoridades ainda aguardam os resultados.
A maioria das dez pessoas condenadas por tráfico de drogas foi transferida para a ilha-prisão de Nusakambangan para execução por fuzilamento. O grupo inclui cidadãos da Austrália, França, Brasil, Filipinas, Gana, Nigéria e Indonésia.
Em janeiro, a Indonésia executou outro brasileiro condenado por tráfico de drogas, num caso que levou os dois países a chamarem de volta seus embaixadores para consultas e provocou tensões diplomáticas.
Fonte: R7