Cidades

Acusado do assassinato de Ryan e Admárcia nega autoria de crimes

 
O julgamento é presidido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal da Capital. O acusado alegou que só havia confessado a autoria dos crimes, pois foi pressionado por policiais militares e por detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE). 
 
“Sou inocente. Só confessei o crime porque eu estava sofrendo ameaças e agressões. Eu sofri muita pressão psicológica e os policiais me diziam que se eu confessasse o crime seria melhor pra mim”, declarou Carlos. 
 
Ainda em seu depoimento, Carlos alegou que tinha um bom relacionamento com a ex-namorada Thassya Alves, mãe do garoto Ryan e filha de Admárcia. Ele chegou a afirmar que teve alguns desentendimentos com a jovem, mas disse que o relacionamento deles era tranquilo. 
 
Meses antes do crime, Thassya descobriu que esperava um filho de Carlos e ela relata que ambos ficaram felizes com a notícia e já se preparavam para receber a criança. 
 
Separação
 
Carlos afirmou que no dia 4 de setembro do ano passado após uma discussão com Thassya eles acabaram se separando. “Quando eu cheguei em casa, ela estava com as coisas arrumadas e disse que estava saindo de casa e eu não impedi”, declarou. 
 
O rapaz declarou que embora estivessem separados, eles continuaram conversando por redes sociais ou em telefonemas. 
 
Apesar de a jovem já ter registrado boletim de ocorrência dando conta de que havia sido agredida pelo companheiro, Carlos negou que já tenha batido em Thassya. 
 
Dia do crime 
 
Em depoimento, Carlos relatou que no dia anterior ao assassinato de Ryan ele havia ido a uma festa na casa de shows Gerônimo. “Fui a festa no meu carro e voltei por volta de 4h da manhã. Cheguei em casa, tomei um banho, dormi um pouco e depois fui para o serviço de moto, porque eu estava de plantão”, explicou. 
 
O representante do Ministério Público (MPE) questionou o acusado sobre o fato de o patrão dele ter dito que no dia do crime (11 de novembro de 2012) ele não compareceu ao local se serviço. “Fui sim trabalhar e inclusive ‘bati’ o ponto por volta de 7h30 manhã”. 
 
O acusado revelou que ficou no serviço até umas 9 horas, quando recebeu uma ligação de seu pai dando conta de que policiais estavam em sua residência a sua procura. 
 
Carlos disse que só então ficou sabendo do que havia ocorrido com a ex-sogra e o filho de sua ex-namorada. 
 
Durante depoimento, que durou aproximadamente 30 minutos, o acusado alegou que está com a consciência limpa, pois sabe que ele não é o autor dos crimes. 
 
Caso 
 
O garotinho Ryan e a avó Admárcia foram assassinados na madrugada de 11 de novembro de 2012. O principal suspeito é Carlos Henrique Carvalho, que era ex-namorado da mãe de Ryan, Thássya Alves. O crime teria sido cometido pelo fato de o acusado não aceitar o fim do relacionamento.
 
Carlos teria atingido Admárcia com golpes de faca e depois carbonizado o corpo da ex-sogra. O O jovem ainda é acusado de em seguida , ter pego o garoto Ryan e jogado da cabeceira da Ponte Jullio Muller. O corpo do menino foi localizado já sem vida por um pescador. 
 
Em abril deste ano, o acusado prestou depoimento à Justiça e confessou o duplo homicídio à juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.
 
 

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Cidades

Fifa confirma e Valcke não vem ao Brasil no dia 12

 Na visita, Valcke iria a três estádios da Copa: Arena Pernambuco, na segunda-feira, Estádio Nacional Mané Garrincha, na terça, e
Cidades

Brasileiros usam 15 bi de sacolas plásticas por ano

Dar uma destinação adequada a essas sacolas e incentivar o uso das chamadas ecobags tem sido prioridade em muitos países.