Uma das testemunhas de acusação que deve prestar depoimento durante o júri é pai e avô das vítimas, Emilton Jorge da Silva, sargento da Polícia Militar. "Acreditamos e esperamos que seja feita a Justiça para que essas pessoas tenham penas exemplares e não venham a cometer mais essas barbaridades, pois a certeza da impunidade faz com que essas pessoas", disse, se referindo ao ex-genro, com quem a filha manteve um relacionamento amoroso, mas nunca chegou a morar com ele.
O julgamento está marcado para começar às 13h30 [horário de Mato Grosso] e será presidido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira. O réu está preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá no aguardo do julgamento. Após ser preso, ele confessou a autoria do crime, mas alegou que atirou para acertar a ex-namorada e não o filho. Antes do duplo homicídio, a vítima havia entrado em contato com o acusado para pedir ajuda para comprar remédio para o filho deles que estava doente.
Depois de matar a ex-namorada e o filho, que só estava em casa no horário do crime porque estava doente sob os cuidados da mãe, Jeanderson ainda entrou em contato com o pai de Ariely para lhe entregar uma quantia em dinheiro que seria usada para comprar o remédio para o filho.Emilton havia contado que quando o neto nasceu a filha tinha 15 anos e o réu não quis assumir o papel de pai da criança. Para evitar transtornos, o sargento disse que a filha continuou em casa e com o neto, tendo o apoio da família dela.
Depois que a filha e o neto foram mortos, a família ficou surpresa ao descobrir que a vítima havia solicitado medida protetiva para que o ex-namorado não se aproximasse dela. "Ele deveria estar ameaçando, mas ela não falou. Fiquei sabendo na audiência e fiquei supreso", disse o pai de Ariely, que cursava o 6º semestre do curso de direito.Apesar do relacionamento conflituoso, o acusado era visto pela família das vítimas como uma pessoa tranquila. "Ele nunca demonstrou agressividade. Era uma pessoa tranquila", afirmou a mãe da vítima. Jeanderson foi o primeiro namorado de Ariely. O namoro teve o consentimento dos pais dela depois dela ter completado 15 anos.
Na data do crime, Ariely estava em casa com o filho, que não tinha ido na creche naquele dia porque estava com catapora. Ela teria entrado em contato com o suspeito para comunicar que o filho estava doente e pedir ajuda.As vítimas foram encontradas mortas pela irmã da universitária, que naquela data havia chegado mais cedo da escola. "Sempre chegávamos juntos em casa e, nesse dia, a minha filha foi liberada mais cedo. Ela chegou em casa e começou a gritar.A vizinha ouviu e me ligou para falar o que tinha acontecido", contou o sargento da PM.
G1