Em 2013, Lindomar e outras três pessoas foram condenadas por envolvimento na explosão de um muro lateral da PCE e na fuga de 35 detentos. O crime foi cometido em agosto de 2012.
Risco à vida
Stringueta afirma ser contrário à permanência de Lindomar no estado. O suspeito responde a 14 inquéritos na GCCO da Polícia Civil, entre eles casos de assaltos a banco na modalidade Novo Cangaço, quando criminosos agem com violência e usam as vítimas como escudo humano para roubar.
"A permanência dele é um risco para a segurança de Mato Grosso, para o sistema prisional e para a vida de autoridades. Ele pode atentar contra a vida de pessoas que o prenderam, que vão julgá-lo, que vão processá-lo. A gente sabe da vulnerabilidade da entrada de celulares e de comunicação dentro dos presídios. Ele ficando aqui, vai manter contato externo, vai continuar comandando o grupo, coisa que ele não fazia lá na Bahia, porque lá não tinha celulares e nem comunicação no presídio", declarou Stringueta.
De acordo com o delegado, o assunto já foi tratado com a Secretaria de Segurança Pública do estado (Sesp), que pediu relatório sobre a periculosidade do preso. "Esse documento está sendo providenciado. Vamos aguardar que a Justiça não tenha mais interesse nas audiências dele e que uma unidade prisional federal o aceite", disse Stringueta.
Queda da criminalidade
'Nenezão' fugiu da PCE em 2004 e só voltou a ser preso em novembro de 2012, na Bahia, após investigação da Polícia Civil em Mato Grosso. Conforme a GCCO, houve diminuição de alguns tipos de crimes no estado, desde então. “A prisão dele foi um marco. A partir da prisão houve, por coincidência ou não, uma queda no número de crimes de Novo Cangaço e zeraram os crimes de ataque a carros-fortes. Em 2012, foram dois. E, de lá pra cá, nenhum. Em 2013, só um Novo Cangaço e, em 2014, só um também”, disse Stringueta.
Fonte: G1