A defesa do advogado Cleverson Campos Contó, que está sendo acusado de agressões contra diversas mulheres, alegou que a empresária Mariana Vidotto, com quem se relacionou em 2019, teria tentado extorqui-lo pedindo R$ 500 mil para parar de difamá-lo nas redes sociais.
A acusação consta em uma representação criminal protocolada na Delegacia Especializada de Violência Doméstica da Capital.
Além da empresária, a defesa – feita pelo advogado Eduardo Mahon – também acusa a médica Laryssa Moraes, com quem se relacionou em 2017, de calunia e difamação.
As duas denunciaram Contó por tê-las agredido enquanto namoraram com ele. Ambas também contaram terem sofrido tentativas de estupro e estupro por parte do advogado.
A representação criminal diz que Mariana tinha um acordo firmado judicialmente para não tocar em seu nome, mas que após algum tempo o rompeu, exigindo uma alta quantia de dinheiro.
“No ano de 2020, o representante entabulou acordo extrajudicial com a 2ª representada [Mariana] no valor de aproximadamente R$ 60 mil entre dinheiro e passagem para o exterior, condições impostas pela sra. Mariana de Melloo Vidotto para deixar de detratar o representante nas redes sociais de um relacionamento”.
“Após o retorno da 2ª representada dos Estados Unidos, uma nova carga de difamação foi promovida em desfavor do representante [Cleverson], ocasião em que os advogados Marina Faiad e Leonardo Bernazuolli entraram em contato telefônico afirmando que o acordo assinado não era mais válido, uma vez que a 2ª representada tinha em mãos cópias de contratos e honorários e pretendia receber R$ 500 mil”, diz trecho do documento.
A defesa de Cleverson ainda alega na representação criminal que o durante os três em meses que namorou com Mariana, ela exigia uma vida de luxo e presentes caros.
“No decurso do sobredito relacionamento, a 2ª representada passou a exigir presentes caros e um padrão de vida que forçava o representante a endividar-se sucessivamente. Ao perceber saques em conta corrente e compras no cartão de crédito, ambos os procedimentos não autorizados pelo representante, este achou por bem encerrar o relacionamento, marco inicial das brigas do casal que redundaram em comprovada extorsão”, diz outro trecho.
Quanto à médica Laryssa Moraes, o advogado alega que foi uma união “tóxica e extorsiva”, envolvendo diversos abortos mal explicados.
De acordo com o pedido de representação criminal contra Laryssa, quando ela engravidou de gêmeos, insistia que os filhos eram seus, mas ele disse não acreditar e chegou a entrar na Justiça exigindo um teste de paternidade.
“O apurado relacionamento está consolidado numa confissão de dívida firmada pela 1ª representada [Laryssa] até o presente momento não paga, assim como uma petição inicial de ação de produção antecipada de prova de reconhecimento de paternidade, que tramitou junto à 2ª Vara Especializada em Família e Sucessões da comarca de Cuiabá, que ao cabo, abriu mão em respeito aos gêmeos recém-nascidos e ao marido com o qual a sra Laryssa voltou à convivência”, diz o documento.
Por fim, Mahon diz que o celular de Cleverson está disposto para passar por perícia, que segundo ele, vai comprovar as "extorsões e as denúncias caluniosas" feitas pelas duas mulheres.