“É compreensível a alegação de que o valor de mercado do suíno vivo esteja atualmente em um patamar satisfatório, não podemos negar o aumento no preço pago ao suinocultor nos últimos meses, mas é de suma importância lembrar que o mesmo enfrentou três longos anos de profunda crise, literalmente vivendo no vermelho, com a eliminação de matrizes, conseqüente diminuição do plantel, e alguns produtores deixando a atividade”, argumentou o presidente da Acrismat, Paulo Cézar Lucion, enfatizando que os produtores continuam a pagar os prejuízos acumulados durante a crise.
Atualmente, a cotação do mercado em Mato Grosso aponta o quilo do suíno vivo a R$ 3,25. Com o preço de pauta em R$ 3,50, somado aos 12% da alíquota estadual (R$ 0,42), chega-se ao valor de R$ 3,92. Ainda soma-se a isso outros impostos e o frete, que tem custos altos devido à maior distância do Estado para grandes centros de consumo da carne, como São Paulo, o que deixa os produtos mato-grossenses em ampla desvantagem de preços.
Lucion ressalta ainda a importância da suinocultura para a economia de Mato Grosso. Existem hoje 120 mil matrizes no Estado e, considerando que para cada 15 delas o setor ocupe um trabalhador direto, a suinocultura gera mais de 8 mil empregos diretos e outros quase 30 mil indiretos.
Assessoria