Circuito Entrevista

“Ações integradas de segurança é saída para reduzir crimes”, revela coronel

Foto Lenine Martins / Gcom

A repressão qualificada aliada à prevenção primária é uma das frentes de atuação da nova gestão da Segurança Pública do Estado de Mato Grosso e o foco está na redução dos índices criminais. Para tanto, o governo desmembrou essa tarefa na Segurança Pública, que ficou sob coordenação da nova secretaria adjunta de Ações Integradas da Secretaria de Estado (Sesp). Nessa entrevista, o secretário adjunto, coronel PM Joelson Sampaio, explica como são desenvolvidas as ações no Estado.

1- A Secretaria de Ações Integradas é uma adjunta nova na Sesp. Porque foi criada e qual o foco de atuação?

Coronel Joelson Sampaio: Dentro da estratégia de trabalho da Segurança Pública temos três eixos fundamentais: regionalização, integração e gestão por resultados. O foco da Secretaria Adjunta de Ações Integradas é para promover o eixo de integração, não só com as forças da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros e Politec, como também nas instituições parceiras, como a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e também nas iniciativas municipais (guardas municipais e agentes municipais). A proposta é fazer com que estas instituições trabalhem de maneira conjunta, tanto na fase de planejamento das operações como na execução. A Secretaria de Ações Integradas também está a frente do modelo de gestão da atividade fim da Segurança Pública, modelo que vem atender o terceiro eixo, da gestão por resultados. O trabalho se concentra, inicialmente, em trabalhar com diagnóstico de atuação da segurança e o levantamento estatístico de determinados crimes e, a partir daí, pactuar as metas para redução de crimes e também monitoramento da produtividade das instituições.

2 – Duas coordenadorias estão subordinadas a esta secretaria adjunta: Coordenadoria de Ações Repressivas e de Ações Preventivas. Como acontecem os trabalhos dentro do Estado?

J.S.: A coordenadoria de ações repressivas atua com o acompanhamento do comportamento criminal em todas as Regiões Integradas de Segurança Púlica (RISPs). O monitoramento em tempo real cria alertas para os coordenadores das Risps de como atuar e propor ações integradas para atingir a meta. As ações preventivas criam uma integração de todas as iniciativas voltadas para a prevenção primária do crime. Acolhendo todos os projetos sociais da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil e Corpo de Bombeiros. Ou seja, ações preventivas são maneirais de proteger, resgatar ou impedir que crianças e adolescentes sejam cooptados pelo crime.

3 – Como as ações preventivas serão trabalhadas pela Coordenadoria?

J.S.: O trabalho é fortemente voltado para a proteção da criança, do adolescente ou adulto, desde que identificado que existe um risco social. A meta é criar ambiente favorável para a pessoa estudar e ser inserida em projetos sociais. A prevenção é uma vertente nova que busca a identificação através de monitoramento e mapeamento onde existem situações de adolescentes ou jovens expostos a risco social, para atuarmos através do programa Rede Cidadã, Polícia Comunitária, De Cara Limpa Contra as Drogas, Proerd, PM Júnior, Judô Bope, Jiu Jitsu Rotam, Bombeiros do Futuro, entre outras ações.

4- Ainda subordinados à secretaria adjunta estão o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron), Gabinete de Gestão Integrada (GGI), Centro Integrado de Comando e Controle (CCC) e Canil Integrado. Existem projetos para melhoria na atuação e ampliação desses segmentos?

J.S.: Para todas estas coordenadorias existem sim projetos de investimento e fortalecimento das ações. O Centro Integrado de Comando e Controle é um dos grandes legados que a copa do mundo nos deixou, um ambiente tecnológico em benefício da segurança pública. A nossa ideia é criar centros de coordenação, comunicação e inteligência em todas as sedes das Risps, que vão concentrar o atendimento, despacho, videomonitoramento e a inteligência no mesmo ambiente. Isso facilita o atendimento emergencial da segurança pública e possibilita uma resposta mais rápida. Para o Ciopaer há um projeto de estruturação física e a possibilidade de aquisição de uma nova aeronave para transporte de tropa. Antigamente o Ciopaer só reagia a ocorrência existente. Hoje, atua também na prevenção. Sai para voos de policiamentos ostensivos aéreo e os resultados são satisfatórios. Quanto ao Canil Integrado, a ideia é fortalecer, porque o uso de cão de faro para operações de repressão ao tráfico de drogas é muito importante. No Gefron já ultrapassamos mil toneladas de drogas apreendidas este ano. O grupamento especializado realiza um trabalho muito importante de prevenção e repressão de drogas na fronteira com a Bolívia.

5- Como está sendo feito, pela Coordenadoria de Ações Repressivas os planejamentos das operações no Estado?

J.S.: Alguns municípios em razão do comportamento do crime exige a deflagração da Operação "Interior Seguro”. A Secretaria de Ações Integradas traz para si o planejamento dessas operações, a execução e o acompanhamento. Há também as operações demandadas pela União que é a Brasil Integrado e as operações do GGI Fronteira que serão conduzidas pela Secretaria Adjunta de Ações Integradas. Até o fim do ano teremos outras operações "Interior Seguro".

7 – Qual o balanço da gestão nestes nove meses?

J.S.: Bastante positivo. O que destaco é a implantação deste novo modelo de gestão da Segurança Pública, voltado para a integração das forças. Visitamos outros estados, promovemos estudos e pesquisas e conseguimos apresentar para o governo do Estado esse modelo, que já foi validado e está na fase final de planejamento para entrar em teste ainda no mês de outubro. Os resultados conquistados são favoráveis. Várias operações, como a Operação 100 dias, que foi conduzida e monitorada pela secretaria adjunta de Ações Integradas e as demais operações que já aconteceram neste início de gestão.

Assessoria Sesp-MT

Redação

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