Segundo ela, desde então, o Egito deportou 144 sírios, incluindo 44 crianças, para outros países da região. A porta-voz ainda informou que, do total, cerca de 589 pessoas, entre as quais várias mulheres e 84 crianças, continuam detidas, apesar de não terem sido formalizadas quaisquer acusações. O Acnur pediu às autoridades egípcias para ter acesso aos presos para os identificar, verificar as condições de detenção e prestar-lhes assistência legal.
Os refugiados sírios no Egito são alvo de uma onda de xenofobia alimentada pelos meios de comunicação, desde que o presidente Mohamed Mursi foi destituído em julho deste ano. Os refugiados são acusados de ter participado das manifestações de apoio a Mursi, que pertenceu à Irmandade Muçulmana, grupo dominante entre a oposição síria.
Entre 250 mil 300 mil sírios vivem atualmente no Egito, dos quais 123 mil estão registrados na agência da Organização das Nações Unidas. A guerra civil na Síria levou à fuga de cerca de 2,2 milhões de pessoas desde o início do conflito, em março de 2011, segundo o Acnur. A maioria refugiou-se no Líbano e na Jordânia.
Agência Brasil