De acordo com o jornal norte-americano a notícia do Brasil sediar o mundial foi vista, na época, como a confirmação do país como uma potência do mundo em desenvolvimento, mas os gastos com a infraestrutura necessária são questionados – especialmente agora, com o acidente, em relação à segurança dos trabalhadores.
No diário francês Le Monde descreve o acidente e menciona a "corrida contra o relógio" nas obras ainda pendentes para a Copa a ser entregues à Federação Internacional de Futebol (Fifa) até o dia 31 de dezembro, que requereu um prazo de seis meses para fazer testes nos estádios antes da competição. No jornal italiano La Reppublica foi publicada uma galeria de fotos do acidente.
No jornal argentino Clarín, o ocorrido é descrito como um "perigo mundial". A publicação enfatizou o fato de o acidente ter acontecido menos de dez dias antes do sorteio das chaves dos jogos na Costa do Sauípe, na Bahia, no dia 6 de dezembro. A publicação se refere ao estádio do Corinthians como uma referência, assim como o Maracanã, no Rio de Janeiro. Na matéria, questiona-se a possibilidade de a obra continuar em um ritmo suficiente para ser entregue até o final do ano.
A publicação da Espanha o El País noticiou o acidente em São Paulo com destaque e repercutiu o assunto – já foram gastos mais de R$ 8 bilhões nas obras – valor superior à soma do que foi utilizado nas duas últimas copas, na África do Sul e na Alemanha. Para o jornal, o acidente "aumenta a inquietação internacional sobre a capacidade de o país acolher o Mundial".
De acordo com El País para a Copa de 2006 a Alemanha gastou R$ 3,6 bilhões para o mesmo número de estádios. Na África do Sul, em 2010, R$ 3,2 bilhões para a construção de dez estádios. O jornal destaca que quando Brasil foi escolhido pela Fifa para sediar o Mundial, a estimativa era a de que os gastos chegassem a cerca de R$ 2,5 bilhões.
Agência Brasil