A Abraminj (Associação Brasileira dos Magistrados da Infância e da Juventude) divulgou nesta segunda-feira (27) uma nota de apoio ao evento “Adoção na Passarela” organizado por OAB-MT (Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso) e Ampara (Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção). No texto, a entidade diz que as críticas os juízes que liberaram ao evento são “injustiças” e fazem parte de “linchamento virtual” que organizadores e magistrados sofreram na semana passada.
“A associação, instituição com mais de 50 anos de existência, manifesta seu incondicional apoio aos magistrados de Mato Grosso que autorizaram a atividade ‘Adoção na Passarela’ e que estão sendo alvos de manifestações desrespeitosas, descabidas e desinformadas. Críticas são sempre bem-vindas, há sempre algo a melhorar, mas o linchamento virtual a que foram submetidos os organizadores do evento, bem como os magistrados, é de todo injustificável”.
A Abraminj afirma que há anos organizações de acolhimento de crianças e adolescentes abandonados vêm recebendo apoio de entidades de magistrados a vários eventos, semelhantes ao realizados em Cuiabá, para a promoção da adoção de crianças e adolescentes fora do perfil desejado pelos pretendentes, como Busca Ativa, Adote um Pequeno Torcedor, e Dia do Encontro, por exemplo. A entidade afirma que “todos eles buscam tornar a vida das pessoas mais alegre e humanas”.
“Opiniões desinformadas, que não fazem qualquer proposta para solucionar a situação dessas crianças e adolescentes […] e que se arvoram no direito de protegê-las, sem sequer ouvir as suas opiniões, qualificam esses projetos como feira de adoções”.
A polêmica sobre o desfile ganhou redes sociais no início da semana passada, após alguns internautas fazerem post criticando o evento, dizendo que crianças e adolescentes participantes foram expostos como objetos e sofreram risco de prejuízo emocional.
Em resposta, a presidente da Ampara, Lindacir Rocha Bernadon, disse que houve “distorção leviana” do evento nas redes sociais, gerada por pessoas “sem qualquer conhecimento” sobre o universo de adoção. Ela disse ainda que o desfile foi liberado pelos juízes da Infância de Cuiabá e de Várzea Grande.
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