Em meio ao aumento das viagens, férias coletivas e maior circulação de pessoas típico do fim de ano, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lançou uma campanha de orientação voltada às famílias produtoras da avicultura e da suinocultura, com foco no reforço das práticas de biosseguridade no retorno às granjas. O conteúdo, divulgado em vídeo nas redes sociais da entidade, é apresentado pelo presidente da ABPA, Ricardo Santin.
A iniciativa chama atenção para um período considerado crítico do ponto de vista sanitário, especialmente diante dos riscos associados à influenza aviária e à peste suína africana (PSA). No vídeo, Santin alerta que “a produção de proteína animal no mundo enfrenta um dos seus maiores desafios sanitários da história”.
Segundo a ABPA, situações como viagens nacionais e internacionais, visitas a outras granjas e o retorno de funcionários após o período de férias elevam significativamente o risco de introdução de agentes infecciosos nas propriedades. O material reforça que vírus podem ser transportados em roupas, calçados, malas, veículos e, principalmente, em alimentos.
A campanha detalha um conjunto de medidas consideradas essenciais antes do retorno às granjas avícolas e suinícolas. Entre elas estão a troca completa de roupas e calçados utilizados fora da propriedade, a higienização rigorosa de veículos e a passagem obrigatória por barreiras sanitárias, com rodolúvio, pedilúvio, lavagem das mãos e, quando disponível, banho sanitário.
A ABPA também reforça a importância do respeito ao período de vazio sanitário após visitas externas ou viagens, a proibição da entrada de alimentos trazidos do exterior, especialmente produtos de origem suína, além da redução do contato com animais silvestres e do reforço da proteção das estruturas das granjas contra roedores e outros invasores.
“O período de fim de ano é naturalmente marcado por deslocamentos e reencontros. Mas, para quem produz, cada retorno à granja exige disciplina. Um cuidado simples pode ser decisivo para manter a propriedade segura e proteger toda a cadeia produtiva”, ressalta Santin.
