O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão Bastos, disse nesta quarta, 30, que o segmento de máquinas agrícolas vai agora esperar os impactos do tarifaço, caso seja mesmo implementado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra importações brasileiras, para ver se altera ou não a projeção para o setor.
Durante entrevista coletiva em que a entidade detalhou o balanço do setor de junho, Estevão lembrou que o segmento de máquinas e implementos agrícolas vinha trabalhando com uma projeção de crescimento do faturamento em 2025 na ordem de 8% sobre o ano passado.
De acordo com ele, o Plano Safra está em vigor e funcionando com os recursos para o segmento, tendo ficado dentro do esperado.
“A gente não esperava muita coisa, mas mesmo assim, se você pegar todo o volume de recursos que tem disponível, se você somar as linhas, Moderfrota, Pronaf, Underfrota, Pronaf e outros dá quase R$ 30 bilhões. É 60% da venda anual do segmento. Ou seja, é um número bastante razoável, considerando que a taxa de juro dessas linhas são menores que a Selic. Você não tem nenhum setor que tenha um volume de recursos disponível com uma taxa dessa. A taxa é boa. É alta, mas você tem o recurso. Então a gente caminhava para um ano, razoavelmente, melhor, bem melhor do que o passado. Com o tarifaço do Trump, as coisas ficaram nebulosas”, lamentou Estevão.
O Moderfrota é o programa de financiamento do governo brasileiro destinado à modernização da frota de máquinas agrícolas no País, com foco em tratores, colheitadeiras e implementos associados.