Para Lúcio Adolfo, advogado que representa o jogador, os cerca de dois meses que se passaram desde o fim do júri que terminou com a condenação de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e da ex-amante de Bruno, Fernanda Gomes Castro, foram suficientes para que o processo de cerca de 16 mil páginas fosse "bem estudado".
— Eu li o processo todo. Estou me preparando para fazer a defesa. Acredito que tem tudo para entrar na normalidade. Estou indo para o julgamento acreditando na inocência dele.
Advogado que representa a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, Francisco Simim preferiu não comentar sobre a expedição da certidão de óbito, mas também afirmou estar confiante na absolvição da ré.
— Ela não cometeu crime nenhum. A Dayanne está sendo acusada de cárcere privado, mas quem deu a criança para ela cuidar foi o pai, então, hoje, a nossa meta é a negativa de autoria.
Inconformados com a decisão da expedição da certidão de óbito, os defensores de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acreditam que a juíza "deu um prejuízo enorme para o processo". Entretanto, para Fernando Magalhães, os testemunhos de Macarrão e de Jorge Luiz Rosa, primo de Bruno que saiu do programa de proteção à testemunha, fazem com que o réu desponte como inocente.
— O Luiz Henrique Ferreira Romão é o segundo a vir ao palco dizendo que sabe o que aconteceu mas que [o Bola] não tem nada a ver. O tal Jorge deu descrições diferentes para o homem que ele viu com a Eliza.
Ainda de acordo com Magalhães, a descrição de Bola feita por Jorge seria a de um homem "negro e careca", diferente de Marcos Aparecido. As características batem com um suspeito "misterioso" que também teria participado do caso. A Polícia Civil confirmou que estuda a possibilidade de que o investigador aposentado José Lauriano de Assis, o Zezé, seja o homem indicado.
Novo júri
O goleiro Bruno, a ex-mulher dele, Dayanne Souza e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos vão a júri popular no dia 4 de março pelo sequestro e morte de Eliza. A sessão acontecerá no fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
R7