Apesar do discurso de distanciamento com toda e qualquer espécie de pessoa ou coisa que lembre a política de sempre no Brasil, o presidenciável Jair Bolsonaro tem recebido visita de figuras diversas. Entre elas, políticos e empresários que um dia já apoiaram, quando era conveniente, claro, "arqui-inimigos" da direita e da esquerda. Dentro dessa variedade de apoios, quem foi visitar o líder das pesquisas de intenção de voto (e simultaneamente de rejeição também) foi o "rei da soja", empresário, homem de negócios Eraí Maggi. Seja por proximidade de visões do Brasil ou por contexto eleitoral favorável a Bolsonaro, a cortesia tem endereço certo. Muitos podem não lembrar, mas o primo dele, Blairo Maggi (PP), fez parte da base de apoio de todos os governos petistas. É até hoje ministro da Agricultura do presidente Michel Temer (MDB), que, aliás, foi eleito vice na chapa com Dilma Roussef (PT), hoje candidata a senadora. Ou seja: nada tão distante assim do que sempre foi o "novo" universo político brasileiro.
A soja e o candidato
