Ahmad Jarrah
Na reta final da campanha para eleger o novo presidente da Unimed Cuiabá, os candidatos Arlan Ferreira e Rubens Carlos de Oliveira Júnior se uniram em uma chapa de oposição para concorrer contra Kamil Fares. Agora há apenas duas chapas concorrendo ao pleito. O posto mais alto da cooperativa de saúde será disputado entre com a chapa 2, formada por Rubens (presidente) e Arlan (vice-presidente) e a chapa 3 formada por Kamil (presidente).
Por telefone o candidato a vice-presidente pela chapa 2 disse que a decisão foi tomada após consenso entre as partes opositoras a Kamil. “Nós que fazemos oposição vimos que com duas chapas separadas nós perderíamos votos e teríamos menos chances de concorrer contra a chapa de situação. Por conta disso nos unimos para o bem da Unimed e dos cooperados”, disse Ferreira.
Ainda conforme o Arlan, a nova chapa formada tem a mesma missão de antes: “Queremos uma gestão com mais equidade e menos gastos desnecessários em comunicação e em atividades, em detrimento daquelas que são o objetivo fim da Unimed. Vamos lutar contra a gestão que está no poder há mais de 12 anos”, argumentou.
A corrida eleitoral está superacirrada, como mostrou a pesquisa da KGM Pesquisas a pedido do site HiperNoticias entre os dias 29 de fevereiro e 2 de março.
Na última semana, Rubens e Arlan uniram-se em uma única chapa que, agora, soma 41,2% das intenções de voto. Ao todo, foram ouvidos 300 médicos, dos quais 82,7% são conveniados à Unimed desde antes de 2010 e 77,7% exercem a profissão há mais de 15 anos. A margem de erro da pesquisa é de 5 pontos percentuais e tem 95% de confiança.
Apesar disso a pesquisa só quantificou os votos válidos, ou seja, aqueles que disseram em qual candidato votariam. Dos entrevistados 40% não quiseram se posicionar.
Outro dado importante é que 85% dos clientes da rede Unimed reclamaram dos serviços prestados pelo plano de saúde mato-grossense.
As eleições ocorrem nesta quinta-feira (dia 10 de março), na capital de Mato Grosso. A eleição irá escolher os próximos administradores, em Cuiabá, do triênio, 2016-2019, do maior plano de saúde do Centro-Oeste.
Com aproximadamente 1278 médicos associados e cerca de 240 mil clientes, a eleição da Unimed Cuiabá se fez numa disputa estreita. Nos bastidores dos hospitais e nas redes sociais, em específico no Facebook, a campanha dos três candidatos ocorreu massivamente. As investidas com pedidos de apoio correram soltas pelo aplicativo whatsapp.
Reclamações e problemas
O caso foi denunciado pelo Jornal Circuito Mato Grosso, na edição 572. De acordo com os dados do Procon de Mato Grosso, constantes no Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), no ano de 2015 foram registradas 172 queixas em relação aos planos de saúde da capital. Os principais problemas relatados nas queixas foram problemas com contratos de saúde como a não cobertura, abrangência do plano, o reembolso de consultas, o não cumprimento do que foi ofertado, recusa de atendimento e o mau atendimento. No ano de 2016 já foram registradas 29 reclamações.
De acordo com o gerente de atendimento e conciliação da autarquia, Jeferson Neves Alves, há, nos planos de saúde, resistência em atender ao código do consumidor. Ele explica que, ao contrário das outras áreas de atendimento aos consumidores, em que o êxito do Procon na resolução dos conflitos chega a 80% dos casos, nos planos de saúde esse percentual cai para somente 60%.
No ano de 2014 a Unimed – maior empresa do ramo de planos de saúde em Mato Grosso – apareceu no ranking divulgado pelo Procon em primeiro lugar, como a empresa fornecedora de produtos de saúde que mais teve reclamações no ano. Já em relação ao ano de 2015, no período de 1ª de janeiro a 31 de dezembro, foram registrados 107 reclamações contra a Unimed Cuiabá, no Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec).
No período entre o dia 1ª de janeiro até a 18 de fevereiro de 2016, foram registradas 16 reclamações contra a empresa prestadora de serviços de saúde no Proncon MT. Em menos de dois anos a empresa já tem 123 queixas formalizadas. As outras 49 queixas foram divididas entre reclamações sobre o MT Saúde e outros planos.
