Opinião

A Jornada do Aprendiz: Simbolismo e Transformação na Maçonaria

No silêncio contemplativo da oficina maçônica, o aprendiz é convidado a iniciar sua jornada de autoconhecimento e aperfeiçoamento moral, guiado pelas ferramentas simbólicas que representam a construção do caráter e da vida. Este texto é uma homenagem especial ao Dia dos Pais, celebrando o papel do pai maçom como um artesão da vida, que usa essas ferramentas simbólicas para construir, moldar e guiar com amor e dedicação.

A régua simboliza a retidão e o equilíbrio, fundamentais para medir e avaliar nossas ações e pensamentos. Ela nos ensina a viver de acordo com princípios éticos e morais, garantindo que cada passo dado esteja em harmonia com os valores de fraternidade, justiça e verdade. O pai maçom é encorajado a usar a régua para traçar seu caminho com cuidado e precisão, mantendo uma vida equilibrada e justa, servindo de exemplo para seus filhos.

O maço representa a força de vontade e a determinação necessárias para moldar e transformar. Assim como o maço aplica a força para dar forma à pedra bruta, o pai maçom deve superar desafios pessoais e vencer suas próprias imperfeições. Ele nos lembra que a transformação pessoal exige esforço e perseverança, e que cada golpe, embora difícil, é um passo em direção à construção de um caráter sólido e virtuoso, inspirando seus filhos a fazerem o mesmo.

O cinzel, por sua vez, é o instrumento da precisão e paciência. Ele nos ensina que, embora a força seja necessária, é a precisão que define a verdadeira maestria. O pai maçom deve aprender a esculpir sua própria pedra bruta com cuidado, reconhecendo que o aperfeiçoamento moral e espiritual é um processo contínuo. O cinzel simboliza a importância de prestar atenção aos detalhes e de trabalhar constantemente para refinar o próprio ser, transformando o bruto em belo, e ensinando seus filhos através do exemplo.

Além dessas ferramentas, o esquadro e o compasso são igualmente fundamentais no grau de aprendiz. O esquadro nos ensina a agir com retidão e a manter relações justas com nossos semelhantes. Ele é um lembrete constante de que nossas ações devem ser guiadas pela honestidade e integridade. O compasso, por sua vez, simboliza a medida e a moderação, ensinando-nos a manter nossos desejos e paixões dentro de limites justos, promovendo o equilíbrio entre o espiritual e o material.

A alavanca e a régua de 24 polegadas também desempenham papéis importantes. A alavanca simboliza a força e a capacidade de mover grandes obstáculos com inteligência e estratégia, enquanto a régua de 24 polegadas nos ensina a dividir nosso tempo de maneira eficaz, equilibrando trabalho, descanso e devoção ao Grande Arquiteto do Universo.

Cada ferramenta, com seu simbolismo único, contribui para a formação de um aprendiz comprometido com seu próprio crescimento e com o bem-estar da comunidade. A oficina maçônica é um espaço de aprendizado e crescimento, onde o pai maçom é guiado a abraçar o verdadeiro verbo amar, construindo com amor e dedicação um futuro melhor para si, para seus filhos e para os outros. A maçonaria ensina que a verdadeira construção não é apenas física, mas espiritual e moral, e que, ao seguir os ensinamentos das ferramentas simbólicas, o pai maçom é capacitado a construir não apenas um lar, mas uma vida fundamentada em valores eternos e universais.

É com esse espírito de construção e transformação que apresentamos o poema “Com Régua, Maço e Cinzel”, uma homenagem tocante à figura do pai maçom. Este poema celebra a dedicação e o amor com que os pais moldam suas vidas e as de seus filhos, usando as ferramentas simbólicas da maçonaria para guiar e inspirar.

Professor Carlos L de Almeida

“Homenagem: Esse poema celebra a figura do pai como um artesão da vida, usando ferramentas simbólicas para construir, moldar e guiar com amor e dedicação.”

Diamantino-MT, 11 de agosto de 2024.

Com Régua, Maço e Cinzel

No silêncio da oficina, onde o tempo se revela,

Tua mão traça o caminho, régua firme a orientar,

Com o maço dás a força, a moldar com sutileza,

E o cinzel, teu companheiro, faz a pedra despertar.

Cada linha desenhada é um gesto de cuidado,

Cada golpe do maço, um sopro de transformação,

O cinzel, em tuas mãos, esculpe um destino almejado,

Transformando o bruto em belo, com amor e precisão.

És mestre da paciência, no talhar de cada dia,

Com esquadro e compasso, constróis mais que um lar,

Escreves na pedra da vida, tua eterna poesia,

E nos ensinas, Pai maçom, o verdadeiro verbo amar.

A alavanca move obstáculos, com inteligência e saber,

A régua de vinte e quatro polegadas nos ensina a dividir,

O tempo entre trabalho, descanso e o dever de viver,

Guiando-nos com teus valores, que nunca vão se extinguir.

Neste dia dos pais, honramos teu labor e dedicação,

Com ferramentas simbólicas, moldas vidas com paixão,

És o arquiteto de nossos sonhos, o farol na escuridão,

Pai amado e maçom, nossa eterna inspiração.

Professor Carlos L de Almeida

“Homenagem: Esse poema celebra a figura do pai como um artesão da vida, usando ferramentas simbólicas para construir, moldar e guiar com amor e dedicação.”

Diamantino-MT, 11 de agosto de 2024.

Foto: reprodução

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