O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (7), em São Paulo, que para recolocar o país de volta nos trilhos não se pode permitir que "haja um golpe de Estado via impeachment" no Congresso Nacional. O petista voltou a defender que não há "base política e jurídica" para o afastamento da chefe do Executivo, sua afilhada política.
Na visão de Lula, o que está por trás da tentativa de impeachment da presidente da República é o "desejo da oposição de tirar o pobre do poder".
"Para recolocar o trem de volta nos trilhos [o país] a gente não pode permitir que haja um golpe de Estado via impeachment no Congresso Nacional", ressaltou o ex-presidente.
Apesar de ter classificado indiretamente de "golpe de Estado" o processo de afastamento de Dilma autorizado na semana passada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Lula disse que, "obviamente", o impeachment faz parte do "processo democrático".
Ele, entretanto, destacou que, para isso, é necessário ter uma razão e uma motivação, o que, segundo o ex-presidente, não existe no caso de Dilma. Na opinião de Lula, as razões que motivaram o pedido de afastamento da petista é o "ódio", o "preconceito" e a tentativa de "desmontar" um projeto político.
"Obviamente que o impeachment faz parte do processo democrático. Todos nós aqui participamos do impeachment do Collor [Fernando]. Mas o impeachment tem que ter uma razão, tem que ter uma motivação. E, no caso da Dilma, não tem nenhuma motivação a não ser ódio, a não ser preconceito, a não ser tentar desmontar um projeto que, com ajuda de milhões de pessoas que vivem no anonimato, que produzem a riqueza deste país, ajudaram a gente a construir", enfatizou.
Fonte: G1