A genética é um campo de grande interesse para pesquisas e estudos sobre o comportamento do genoma humano e sua qualidade de vida. Nosso genoma é 99% idêntico e uma mínima parcela é responsável pelas alterações físicas que nos distinguem uns dos outros. Além disso, essa pequena parcela também é responsável pelo maior ou menor risco de doenças, principalmente as crônicas, como as cardiovasculares, obesidade e neurodegenerativas (Parkison , Alzheimer).
Já é amplamente conhecido que a hereditariedade é um dos principais fatores que determinam a magnitude destas doenças. Adicionalmente, o meio ambiente exerce forte impacto nas alterações genéticas, sendo a alimentação, sedentarismo, estresse crônico e a alta exposição a toxinas, determinantes para o aparecimento de diversas doenças. Um interessante estudo finlandês realizado com 10 irmãos gêmeos monozigóticos (que compartilham o mesmo material genético) avaliou a influência do meio ambiente nas alterações gênicas e predisposição de doenças.
Os irmãos estudados apresentavam alguns hábitos diferenciados: um realizava atividade física regularmente, e o outro foi considerado sedentário. Após alguns estudos, os autores verificaram que um dos gêmeos fisicamente ativos obtiveram menor percentual de gordura quando comparado ao seu respectivo irmão , melhor condicionamento físico e maior sensibilidade à insulina, ao contrário de seus pares que apresentaram maior risco de desenvolvimento de resistência à insulina e outras doenças metabólicas associadas.Com base nesses resultados, os autores concluem que, mesmo com material genético idêntico, o meio ambiente em que o indivíduo está inserido é determinante para o aumento do risco de doenças metabólicas. Assim, diversos fatores externos podem, de forma positiva ou negativa, modificar o comportamento de nossos genes.
Por estse motivo, devemos repensar sobre o nosso estilo de vida e priorizar as mudanças necessárias, para revertemos esses prejuízos. Atualmente já temos alguns laboratórios que fazem o estudo dos nossos genes, mas de nada adianta fazê-los se o objetivo não for de mudança naquilo que o exame indicar. Precisamos perceber que ter mais ou menos saúde depende apenas de cada um. Temos nossas individualidades bioquímicas sim, mas o que interfere é se mantivermos uma alimentação saudável e formos ativos, isso faz toda a diferença em nossa saúde física e mental contribuindo muito para manter o nosso espírito em harmonia . Somos formados por um corpo físico, uma alma e um espírito e tudo tem que funcionar adequadamente para termos vida plena.
