Pensar a relação entre a estética, é pensar como a forma compromete o comportamento, e mais precisamente como a possibilidade de ideal estético pode influenciar em nossa demanda atual pela satisfação moral.
A ética deve fornecer diretrizes para que possamos desfrutar da vida plena. Nesse sentido, deverá ditar regras que estabelecem a relação do indivíduo para consigo mesmo e com os demais.
Já o objeto estético é aquele que desperta em nós admiração, complacência e projeta em nós o sentido de plenitude e um ideal de felicidade. Cada um elege para si aquilo que considera fundamental para sua identidade e sua vida.
Desde crianças aprendemos a identificar o belo e o feio. A beleza sempre teve uma ligação próxima com saúde, a beleza corporal, as proporções simétricas, tem proximidade com a boa qualidade dos genes e bom potencial de sobrevivência e procriação, enquanto o feio sempre teve ligação com a noção de ruim e de mal.
Um bom exemplo é quando uma criança comete uma falha, principalmente moral, e costumamos identificar essa atitude como "feia", o que nos leva a reforçar a ligação da noção estética com os fundamentos éticos. Nós vivemos sobre a égide do preconceito de que o belo é bom, e isso nos faz cometer erros terríveis, relacionando diretamente o julgamento ético do estético.
Vivemos num período em que o estético cada vez se afirma com mais força, em que a aparência é absurdamente valorizada, e são ignoradas as questões de caráter e convivência. Todos sofrem com isso, e faz com que a maioria das pessoas se sinta fora do padrão de beleza, e fique na tentativa de modificar seu corpo e face todo o tempo. O estereótipo da beleza vem acarretando distúrbios ligados à auto imagem, fazendo com que se busque a beleza a qualquer custo, levando a exageros principalmente nos procedimentos estéticos, onde algumas vezes faz a pessoa querer mudar completamente seus traços.
Essas relações entre a ética e a estética são extremamente perigosas e devem ser analisadas com muito cuidado, pois geram julgamentos cruéis, que são repetidamente reforçados pela sociedade, somos viciados no nosso julgamento estético do mundo.
Desconfiar do belo é um dever assim como não sentir pena do feio.
Dra. Mara Kenia Dier
CRO MT 2285
Harmonização Orofacial
Odontologia Estética
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