Eles já são muito conhecidos como anjos por oferecer aos seus donos carinho e amor infinitos. E também podem ajudar a salvar vidas. A doação de sangue entre animais acontece sempre que um bichinho precisa, mas poucas pessoas sabem que o procedimento é possível.
“São pouquíssimos os donos que oferecem os seus animais para doarem sangue. Com o tempo vamos mostrando que a doação de sangue não faz mal algum ao animal, não causa sofrimento e pode salvar a vida de outro”, conta a médica veterinária da Clínica Vivet, Fernanda Viccini.
Os cães possuem 13 tipos diferentes de sangue, sendo que seis possuem uma demanda maior. Entre os gatos são 3 tipos sanguíneos. “Uma dúvida que sempre aparece é quanto à raça do doador. Não é necessário esse tipo de distinção e os SRDs (Sem Raça Definida) são sempre muito bem vindos”, ressalta a profissional.
A clínica possui alguns doadores fixos. São cerca de seis animais que são acompanhados pelos profissionais e mantém uma rotina de exames para garantir a saúde. Se necessário, eles podem doar a cada 30 dias e uma bolsa de sangue tem validade de 1 mês.
Para fazer a doação os animais precisam preencher alguns pré-requisitos. O cachorro deve ter entre 1 e 8 anos, estar com 25 kg ou mais, ser vacinado, vermifugado, estar saudável e não estar prenha. Os critérios são praticamente os mesmos para os gatos mas o animal deve ter no mínimo 4,5 kg. Eles passam por uma avaliação veterinária antes de submetê-los ao procedimento.
Os animais ficam acordados durante todo o procedimento, que não causa dor alguma. Segundo Fernanda, a clínica seleciona perfis de doadores mais tranquilos e dóceis. Eles precisam ficar parados por algum tempo o que exige paciência do dono e do animal.
Para fazer o procedimento, procure por uma clínica e um veterinário de sua confiança. “Não existe perigo ao animal doador. Assim como para nós, a doação gera um pouco de fraqueza, por isso o animal deve descansar bastante e se alimentar bem”.
Assessoria