A Pandemia do Novo Coronavírus pegou todo mundo de surpresa. O Brasil é um dos países mais afetados pela doença e o esporte brasileiro vive momentos de incertezas. Enquanto o futebol profissional “aquece” para um retorno entre julho e agosto, as outras modalidades ainda sofrem sem calendário e previsão.
Esta é a realidade do vôlei e basquete brasileiro. Paralisados desde março, os dois esportes apresentam situações parecidas. Em ambas modalidades, os campeonatos nacionais foram suspensos, sem a confirmação de um campeão. As seleções, assim como os clubes, estão sem treinar e não devem voltar a quadra nesta temporada. Mesmo com uma melhor estrutura em relação a outras modalidades, estes dois esportes coletivos sofreram e ainda sofrem com a crise econômica causada pelo Covid-19. A falta de jogos, além dos times, afeta também os atletas e outros profissionais de treinamento e preparação física e várias outras empresas e profissionais ligados ao esporte como o Sportingbet, onde diminuem as apostas em jogos dessas modalidades.
Volêi e a pandemia
O Vôlei é um dos esportes que vem sofrendo com a crise causada pelo Coronavírus. O esporte já sente o reflexo da suspensão dos jogos e a falta de calendário. Com a Superliga Masculina e Feminina encerradas, alguns clubes tomaram medidas restritivas com os gastos. É o caso do Sada Cruzeiro, o maior campeão nacional com seis conquistas. O time mineiro anunciou uma redução salarial no grupo e na comissão técnica em 50% devido à falta de partidas nos meses de abril e maio.
Nas categorias de base, a situação fica ainda mais complicada. Para as meninas da Seleção do Mato Grosso Sub-18, a frustração foi maior. O time conseguiu o acesso na Divisão Especial da categoria e iria fazer a estreia nesta temporada. Com a suspensão dos jogos, a estreia vai ter que ficar para a temporada 20/21.
Ainda sem definição oficial, os clubes agora planejam a próxima temporada no escuro. A Confederação Brasileira de Voleibol segue dando todo o respaldo para os times e vem sempre dialogando sobre uma possível volta. A ideia é que a próxima temporada inicie no fim do ano, mas para isso será feito todo um protocolo de retorno adequado, dando todas as condições para uma disputa.
Apesar das dificuldades, alguns clubes já começaram a se reforçar para a nova temporada. É o caso do Taubaté, que contratou o levantador Bruno Rezende, da seleção brasileira. O jogador vai reencontrar seu antigo companheiro, Lucão, com quem jogou na seleção e na extinta Cimed/Florianópolis. Outro que ganhou destaque nas manchetes nos últimos dias foi o Sesi que acertou a contratação de Marcelo Negrão, campeão olímpico pelo Brasil em 1992. Ele fará sua estreia como treinador profissional e comandará uma equipe repleta com jogadores da base.
Já as seleções masculinas e femininas não voltarão a treinar e nem jogar em 2020, segundo a CBV. O calendário será projetado para a temporada 20/21 com o foco nos Jogos Olímpicos do Japão.
Basquete com retorno confirmado
A Liga Nacional de Basquete anunciou a data do retorno do basquete brasileiro: 14 de novembro. Será o sábado de estreia da temporada 20/21 da NBB. A decisão aconteceu após uma reunião virtual entre a LNB e os clubes participantes.
A partir de agora, cabe aos times se organizarem para tornar isso real. Todas as equipes que pretendem participar vão ter que cumprir, além dos protocolos, os prazos estabelecidos. As franquias têm até 14 de agosto para a negociação de direitos associativos com os clubes que queiram participar do NBB. A oficialização da participação será no dia 30 do mesmo mês. A LNB divulgará a lista final de participantes no dia 4 de setembro e a tabela e o regulamento acontece no dia 15 do mesmo mês.
Mesmo com todo o planejamento, o esporte da bola laranja também sofreu baixas em tempos de Pandemia. Por causa de uma crise financeira, causada principalmente pela Covid-19, o Corinthians anunciou a suspensão do seu time de basquete por tempo indeterminado. E não foi um caso isolado. O Pinheiros já tinha anunciado a dispensa de todo o seu elenco no último mês de abril.
O momento agora é de organização. É entender este “novo normal” e planejar o futuro pós-pandemia. Com o apoio das confederações e dos clubes, nosso esporte pode crescer de novo, principalmente em uma temporada tão importante que é a que antecede uma Olimpíada.