A criação do município de Diamantino é um marco significativo na história do Mato Grosso e do Brasil. Fundado inicialmente como um arraial em 18 de setembro de 1728, após a descoberta de ouro pelo Capitão-mor de Sorocaba, Gabriel Antunes Maciel, Diamantino rapidamente atraiu muitos aventureiros e mineradores para a região. A abundância de ouro na área levou ao estabelecimento do arraial, que mais tarde se tornou uma vila.
Em 23 de novembro de 1820, Diamantino foi oficialmente elevado à categoria de vila por um Alvará Régio assinado por D. João VI no Rio de Janeiro. O nome dado foi “Villa Nossa Senhora da Conceição do Alto Paraguay-Diamantino”. Naquela época, a vila operava sem limites territoriais claramente definidos, mas a localização de sua sede foi estabelecida.
Somente trinta anos depois, em 28 de junho de 1850, ocorreu a delimitação do território municipal de Diamantino. Inicialmente, a vila prosperou devido à mineração de ouro e, posteriormente, de diamantes. No entanto, a mineração de diamantes foi rigorosamente controlada pela Coroa Portuguesa, que temia que o interesse estrangeiro na região pudesse comprometer a soberania portuguesa sobre o território.
Em 16 de julho de 1895, Diamantino foi elevado à categoria de Comarca com a denominação de Alto Paraguay-Diamantino, um reconhecimento formal da importância administrativa e judicial da região. Finalmente, em 16 de julho de 1918, Diamantino recebeu o foro de cidade, consolidando seu status administrativo e político.
Diamantino desempenhou um papel crucial na exploração e desenvolvimento do interior do Mato Grosso. A navegação paranista, que conectava Diamantino a Belém do Pará através dos rios Arinos, Juruena, Tapajós e Amazonas, foi um fator importante para o comércio e o desenvolvimento econômico da região no início do século XIX. Apesar dos períodos de decadência, especialmente após a exaustão das minas de ouro e diamantes, a cidade conseguiu se reerguer e manter sua importância regional.
Nos tempos modernos, Diamantino se reinventou como um centro agrícola vital. Hoje, o município é reconhecido como o décimo maior produtor de grãos do Brasil, um testemunho de sua capacidade de adaptação e crescimento contínuo. A produção de soja e milho, em particular, tem sido fundamental para este sucesso, impulsionando a economia local e contribuindo significativamente para a posição de destaque do Brasil no mercado global de grãos.
A história de Diamantino é uma narrativa de resiliência e transformação. Desde seus dias de glória na mineração até sua posição atual como um gigante na produção agrícola, o município continua a prosperar, refletindo a determinação e o espírito empreendedor de seus habitantes. Diamantino, com sua rica herança histórica e futuro promissor, permanece um pilar de desenvolvimento no Mato Grosso e no Brasil.
Diamantino-MT, 07 de junho de 2024.
PROFESSOR CARLOS ALMEIDA.
Homenagem pelo aniversário de 296 anos de Diamantino-MT.
Diamantino: Do Ouro aos Grãos
Nas terras de Mato Grosso, um brilho a despontar,
Em mil setecentos e vinte e oito, começou a cintilar,
Gabriel Antunes Maciel, com coragem a guiar,
Fundou um arraial, onde o ouro se pôs a brilhar.
Diamantino foi fundado, em setembro a celebrar,
A descoberta do ouro fez aventureiros chegar,
Com o tempo, uma vila começou a se formar,
Nossa Senhora da Conceição do Alto Paraguay-Diamantino, a brilhar.
Em mil oitocentos e vinte, a vila se elevou,
Por Alvará Régio, D. João VI assinou,
Sem limites definidos, mas com sede estabelecida,
Diamantino avançava, com sua história enriquecida.
Trinta anos depois, a delimitação chegou,
Em junho de mil oitocentos e cinquenta, o território se formou,
A mineração prosperou, ouro e diamantes a extrair,
Sob controle da coroa, que temia o interesse a surgir.
Em mil oitocentos e noventa e cinco, comarca se tornou,
Alto Paraguay-Diamantino, o reconhecimento chegou,
E em mil novecentos e dezoito, cidade se elevou,
Consolidando seu status, sua importância se firmou.
Diamantino desempenhou um papel crucial,
Na exploração do interior, um ponto central,
Navegação paranista, comércio a desenvolver,
Diamantino a Belém, pelos rios a crescer.
Passaram-se os anos, desafios a enfrentar,
A borracha e o gado, novos ciclos a brotar,
Nos campos verdejantes, a agricultura a despontar,
Soja e milho, riquezas a cultivar.
Diamantino, hoje, um gigante produtor,
Décimo no Brasil, com orgulho e valor,
De arraial do ouro, a grãos a prosperar,
Diamantino, teu nome, para sempre a brilhar.
História e futuro, juntos a caminhar,
Um legado de glória, que nunca há de acabar,
Diamantino, cidade de ouro e de grãos,
Teu passado e presente, em nossas mãos.
Diamantino-MT, 07 de junho de 2024.
PROFESSOR CARLOS ALMEIDA.
Homenagem pelo aniversário de 296 anos de Diamantino-MT.
Foto: Reprodução