Cidades

Crise se acentua e assusta haitianos em Mato Grosso

Após sofrer com catástrofes em seu país natal, mais de cinco mil imigrantes haitianos vieram para o Estado de Mato Grosso, na esperança de encontrar um emprego e sustentar a família. No entanto, muitos estão arrependidos de terem saído do Haiti, pois perderam o emprego e até fome passam.

Poucos conseguiram espaço no mercado de trabalho, principalmente após a acentuação da crise econômica no Estado, neste ano de 2016. De acordo com o presidente da Associação em Defesa dos Migrantes Haitianos em Mato Grosso (ADMH/MT), Clérsius Monestine, mais de 60% dos haitianos estão desempregados.

Segundo a Polícia Federal, cerca de três mil imigrantes ainda vivem em Matos Grosso, concentrados em Cuiabá, Várzea Grande e algumas cidades do interior.

O pedreiro Jean Lacbom, 32 anos, está desempregado há oito meses. Ele mora em Mato Grosso há dois anos e trabalhou por um ano como piscicultor em Campo Verde, mas devido à crise, foi demitido. O sonho dele agora é arrumar um trabalho e montar o próprio negócio para ajudar os parentes que ficaram no Haiti.

“Como tem crise, está difícil para a gente trabalhar, não só para os haitianos, mas para todo mundo. E se você vai a outros países, tem que trabalhar e ajudar os irmãos que deixou para trás. Não só com alimentação, mas ajudar a aprender alguma profissão para quando procurar trabalho não passar muita dificuldade,” explicou Jean.

Os que estão empregados sonham em trazer a família e continuar no Brasil por mais tempo, como é o caso de Joanel Pierre, de 29 anos. Pierre veio para Cuiabá em março de 2015 e desde então está empregado como cuidador em um Cemitério da Capital. Ele agora quer trazer a noiva para morar no Brasil, aprender uma profissão e casar.  

Ainda de acordo com Clérsius Monestine, o movimento migratório ainda não acabou e muitos dos seus conterrâneos vêm para o Brasil e Estado de Mato Grosso, mas como uma rota para ir a outros países, como Estados Unidos da América, Canadá e França.

Veja também:

Haitianos vivem batalha diária em busca de dignidade em Mato Grosso

Agronegócio foi o menos afetado pela crise em 2016

 

Felipe Leonel

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