Política

Novo prefeito de Diamantino diz que crise forçará lista de prioridades

A crise econômica é fator de mais peso na organização do quadro de trabalhos da Prefeitura de Diamantino (200 km de Cuiabá) para o próximo ano. Os cofres estão afetados tanto pela baixa arrecadação de impostos quanto pelos atrasos em recebimento de repasses do governo estadual. O prefeito eleito Eduardo Capistrano (PDT) diz que iniciará seu mandato com atenção em prioridades, o que significa corte e protelação de serviços em áreas consideradas de menos emergência.  

“Nós teremos que lidar com problemas históricos do município, que existem desde a fundação da cidade. É caso da assistência social, saúde e educação. Temos consciência dos problemas da cidade, mas teremos que trabalhar com prioridade para conseguir gerenciar os serviços necessários”.

Ele afirma que a rede pública de saúde é a mais afetada atualmente devido a quatro meses de atraso de recurso coberto pelo governo estadual. Hoje, a dívida está em R$ 1,6 milhão para atendimento em áreas de atenção básica, principalmente. O hospital São João Batista é administrado via consórcio formado por quatro municípios, mas a cobertura se estende a dez municípios.

“O governo fez pagamento de um mês de repasses em novembro, e quando tinha cinco meses em atraso. Hoje (26), deve ter subido para quatro meses”, disse.  

A baixa entrada de recursos em caixa também forçou a paralisação de obras. Duas unidades do Programa de Saúde da Família (PSF), uma escola e uma creche tiveram os serviços interrompidos neste ano por falta de dinheiro para a execução de projetos.

“Além disso, temos problema sério de falta de moradia em Diamantino, de assistência social. São deficientes que vão completar 269 anos, pois acompanham a data de fundação de cidade. Sem contar que nos terão que realizar os serviços com uma equipe de 513 funcionários; um quadro muito reduzido”.

Em audiência realizada em novembro deste ano pela Assembleia Legislativa, prefeitos e vereadores de dez cidades da região Norte de Mato Grosso cobraram maior destinação de recursos para região para atender demandas em áreas de educação, saúde e infraestrutura. Atualmente, a contribuição de Diamantino para o Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação) está em torno de R$ 10 milhões ao ano.

Conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Diamantino está dentre os dez municípios com maior volume de produção agropecuária em Mato Grosso. Dos R$ 101,23 bilhões contabilizados via PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso em 2014, R$ 59,31 correspondem a um grupo de dez cidades. Diamantino gerou R$ 800,90 milhões, ficando dentre os cem municípios brasileiros com PIB mais alto. Hoje, a população da cidade está acima de 20, 5 mil habitantes, conforme o IBGE.

Reinaldo Fernandes

About Author

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões