Foto PJC
Em onze meses, as delegacias da Polícia Judiciária Civil instauraram cerca de 37 mil inquéritos policiais e concluíram mais de 31 investigações, com autoria e materialidade de crimes cometidos em todo o Estado. A Instituição participou de 17 mil ações integradas e 800 operações conjuntas com outras instituições da Segurança Pública de Mato Grosso.
Próximo de finalizar sua gestão, o delegado geral da PJC, Rogério Atílio Modelli, avaliou os meses de 2016, como um período desafiador onde resultados positivos foram alcançados, com avanços perceptíveis à população e nas estatísticas oficiais.
Nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande os índices de homicídios no ano de 2016 reduziram 16,90%, entre os meses de janeiro a novembro comparado ao mesmo período de 2015. Além do recuo na região metropolitana foi constatada ainda uma redução de cerca de 10% desse tipo de delito em todo o Estado de Mato Grosso.
“Essa redução é decorrente de um conjunto de fatores como a realização de ações integradas e ao excelente trabalho feito pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Em paralelo, também foram importantes os esforços da Delegacia Especializada de Entorpecentes (DRE) que, com a desarticulação de pontos de vendas e prisões de traficantes, atingiram, de certa forma, as pessoas que fomentam crimes contra a vida e contra o patrimônio”, avaliou Modelli.
Produtividade
Por se tratar de uma polícia investigativa, a Polícia Civil tem nos inquéritos policiais seu principal “produto”, que formaliza as diligências e demais procedimentos elucidativos realizados.
Em onze meses foram instaurados nas delegacias de todo o Estado 36.750 inquéritos policiais, 31.670 deles já concluídos (relatados), com apontamento da autoria delitiva e a dinâmica do crime investigado. Os dados são de janeiro a novembro deste ano, período em que a Polícia Civil concluiu 6.328 procedimentos de atos infracionais, e mais de 17 mil Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) lavrados.
“Em um cenário de crise nacional, o principal desafio enfrentado em 2016 foi fazer gestão eficiente com otimização de recursos e meios, para que a Polícia Judiciária Civil apresentasse à sociedade um resultado satisfatório de trabalhos desenvolvidos nas delegacias de todas as regiões de Mato Grosso”, afirmou Rogério Modelli.
O mapa da produtividade das unidades da Polícia Judiciária Civil ainda não está consolidado. Os números serão fechados em janeiro de 2017, quando todas as unidades finalizam o envio dos dados.
Aumento de efetivo e trabalho integrado
Para o delegado geral, o incremento de 458 investigadores e 37 escrivães, em fevereiro, foi um dos destaques positivos para a Instituição durante o ano. “O aumento de policiais civis era uma grande demanda da PJC e esse acréscimo veio em momento bastante oportuno e necessário para reforçar o atendimento à população mato-grossense”.
Outro importante destaque de 2016 foi à consolidação do trabalho integrado com outras forças da Segurança Pública, como a Polícia Militar e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Foram realizadas 17 mil ações integradas, sendo 838 operações desenvolvidas de forma conjunta.
“A união de esforços, e de conhecimentos, se mostrou bastante exitosa no enfrentamento à criminalidade. Em casos de grande repercussão, como por exemplo, o do achocolatado envenenado em Cuiabá, a investigação da Polícia Civil, com o aporte pericial da Politec, conseguiu elucidar o crime em tempo hábil com a identificação da autoria, de forma técnica e responsável, e apresentando os envolvidos à Justiça para as devidas providências”, cita Rogério Modelli.
O Delegado Geral
Com perfil dinâmico e um currículo diversificado, que vai de densos trabalhos investigativos na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra Administração Pública (Defaz) até a operacionalidade de um piloto de helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Rogério Modelli entrou na Polícia Civil em 1992, aos 19 anos de idade, na cidade de São Paulo como Investigador de Polícia. Em 2001 se mudou para Mato Grosso, já como Delegado de Polícia.
Sair de uma metrópole como São Paulo, com seus 12 milhões de habitantes e vir para o interior de Mato Grosso, em Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte), com 70 mil moradores, foi um choque inicial que precisou administrar sozinho. “Foi necessário um período de adaptação. Mas, fui muito bem recebido pela população, a cidade era tranquila e isso facilitou com que me habituasse à nova rotina e adquirisse experiência como delegado”, relembra.
De mudança para Cuiabá atuou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e, em seguida, na Delegacia Fazendária (Defaz), de 2005 a 2010, e como titular de 2010 a 2013. “O aprendizado nestes oito anos foi bastante intenso. A Defaz é uma unidade policial singular, com uma complexidade diferenciada nos crimes em que atua, e nas investigações que desenvolve, destaca”.
Apaixonado por mecânica e aviação desde a infância, Rogério Modelli vislumbrou em 2013, a realização de um sonho no Ciopaer. Na unidade especial integrada da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) ele se tornou piloto de helicóptero, ofício ao qual o delegado deve retornar após a passagem da chefia da Polícia Civil.
Modelli é apontado pelos colegas, como um homem pacificador e generoso, e que à frente da Polícia Judiciária Civil conseguiu imprimir um ritmo de trabalho respeitoso com todas as carreiras da Instituição, abrindo franco diálogo nas situações em que foi acionado.
Membro de uma família de policiais civis de São Paulo, Rogério Modelli acredita que para ser policial é preciso vocação. “Do contrário, o profissional não conseguirá se dedicar do modo como a profissão exige. A polícia demanda comprometimento, disponibilidade e, às vezes, até a própria vida, de um modo diferenciado quando comparada a outros trabalhos”, destaca.
Aos policiais civis de Mato Grosso, o atual delegado geral ressalta a parceria desenvolvida nos últimos meses. “Quero agradecer ao apoio que recebi ao longo desse tempo, e de forma bastante especial ao empenho de cada delegado, escrivão e investigador de polícia que, cotidianamente enfrentam desafios para melhorar a vida e a segurança dos cidadãos mato-grossenses. Continuem perseverantes no trabalho que desenvolvem, mesmo diante de eventuais adversidades que possam surgir ao longo do caminho”, finaliza.
Assessoria