Parte das grades que circundavam uma parte da Orla Conde, na Praça Mauá, na Região Portuária do Rio, foram retiradas na manhã desta quarta-feira (21). No entanto, as grades colocadas junto ao mar foram mantidas. Em nota enviada pela Marinha, foi informado que essas grades seriam mantidas para evitar que as pessoas caiam no mar.
Na terça-feira (20), o prefeito eleito do Rio, Marcelo Crivella afirmou que entrou em contato com o comandante da Marinha, Almirante Leal Ferreira, e apelou para que a área da Orla Conde, ocupada 1º Distrito Naval, fosse liberada. A Marinha confirmou que em "entendimentos preliminares" com Crivella, foi acordado que seriam retiradas as grades que circundam a área. Apesar disso, a Marinha informou que as grades junto à Orla serão mantidas, para proporcionar maior segurança e evitar quedas.
A Orla Conde fica no Boulevard Olímpico, novo ponto turístico do Rio, que se tornou a área mais popular da cidade durante a Olimpíada. Grades colocadas pela Marinha após os jogos fizeram com que a circulação de pessoas ficasse restrita entre o Museu do Amanhã, na Praça Mauá, e a Casa França Brasil, na Candelária. A Marinha afirma que o espaço é dela. Já a prefeitura diz que há um acordo de cessão do espaço.
O impasse sobre o trecho da chamada Orla Conde, que foi cercado pela Marinha, foi divulgado em reportagem publicada na edição desta terça-feira (20) do Jornal O Globo. Conforme a publicação, a Marinha colocou grades dos dois lados, formando um corredor entre o mar e as edificações. Em alguns trechos o gramado ficou inacessível, assim como bancos públicos e bicicletários.
A prefeitura diz que a Marinha não cumpriu o acordo feito antes da obra. Pelo combinado, a Marinha liberaria a área para construir a orla e, em troca, receberia melhorias no 1º Distrito Naval, um novo restaurante e um estacionamento subterrâneo. A prefeitura diz que só falta construir o acesso ao estacionamento, que já está pronto.
De acordo com o secretário especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas (Secpar), Jorge Arraes, o acordo foi firmado com a Marinha em 2014. Além disso, Arraes afirmou que a Prefeitura do Rio espera que a iniciativa seja desfeita.
Segundo a reportagem do Jornal O Globo, a Marinha afirmou que o gradeamento da área já estava previsto antes mesmo das obras e que o espaço foi cedido temporariamente à prefeitura para a construção do túnel subterrâneo Marcello Alencar.
Fonte: G1