A Associação dos Magistrados de Mato Grosso (AMAM) repudiou por meio de nota, as notícias publicadas por veículos de comunicação e entidades representativas de classe sobre o suposto abuso de autoridade praticado pela magistrada Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, durante a audiência da Operação Rêmora.
Na segunda-feira (12) a juíza interrompeu o andamento da audiência para determinar que repórteres retirassem fotos publicadas do colaborador premiado, Gioavani Guizardi, dentro de "30 segundos", ou os jonalistas presentes no local seriam presos em flagrante. O incidente gerou polêmica.
A nota da Amam ressaltou que, no entendimento deles, “Em nenhum momento, foi dada voz de prisão aos jornalistas ou houve cerceamento do direito de acesso à informação, ficando a situação restrita às advertências sobre o que está previsto na Lei, inclusive com a advertência sobre a possibilidade da prisão em flagrante pela publicação das imagens”.
Enquanto entidade associativa dos magistrados, a Amam disse que sempre se pautou pela transparência e ressaltou que a Magistrada da 7ª Vara Criminal não tem agido de forma diversa “pois nunca foi negado o acesso de profissionais da imprensa às audiências naquela unidade judiciária, certa de que os jornalistas se portariam de acordo com as regras da vigente legislação brasileira, até porque o direito à informação não é ilimitado, assim como não o é nenhum dos direitos ditos fundamentais”.
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