Cúpula celeste deve conceder entrevista à imprensa na segunda-feira, na Toca II
Com a vinda de Diogo Barbosa, a Raposa ficará, a princípio, com quatro laterais-esquerdos. Bryan e Edimar, do elenco atual, e o chileno Mena, cedido ao São Paulo em 2016, são os outros jogadores da posição. Dois deles devem ser negociados em 2017.
Já o equatoriano Luis Caicedo, também de 24 anos, chegará ao clube para preencher a provável lacuna deixada por Bruno Rodrigo, que não deverá ter o contrato renovado.
Caicedo, de 1,85m, marcou quatro gols em 189 jogos pelo Del Valle. Integrante do time vice-campeão da Copa Libertadores de 2016, ele foi adquirido pelo Cruzeiro por 1,6 milhão de dólares, valor referente a 60% de seus direitos econômicos. Conforme o próprio atleta afirmou ao Superesportes no dia 28 de novembro, sua chegada a Belo Horizonte está programada para terça-feira, dia 13 de dezembro. O defensor assinará contrato de cinco anos.
Posteriormente, o Cruzeiro trabalhará para confirmar outras contratações. O clube ainda deve buscar um volante e um armador.
Saídas
Enquanto alguns atletas chegam, outros saem. São os casos do lateral-direito Lucas e do zagueiro Bruno Rodrigo.
Cedido pelo Palmeiras à Raposa até dezembro, Lucas participou de 30 jogos, sem mostrar futebol convincente à torcida. Com possibilidade de ficar fora da lista de convocados do duelo contra o Corinthians, o lateral deixará a Toca II com a negativa marca de três expulsões.
Com relação a Bruno Rodrigo, a história é diferente. Bicampeão brasileiro em 2013 e 2014, o zagueiro teve papel importante no clube e alcançou o status de terceiro maior artilheiro de sua posição, com 17 gols – fica abaixo apenas de Geraldão, exímio cobrador de faltas das décadas de 1980 e 1990 (30 gols), e Cris, ídolo celeste nos anos 90 e 2000 (25 gols).
Em quase quatro anos de Cruzeiro, Bruno Rodrigo disputou 166 jogos. Dentro de campo, mostrou-se muito competente nas bolas aéreas. Fora das quatro linhas, é dono de um perfil tranquilo e avesso a polêmicas.
Os volantes Bruno Ramires e Federico Gino e o meia-atacante Bruno Nazário têm contratos em vigor para 2017, mas, como eles não foram muito aproveitados pela comissão técnica de Mano Menezes, negociações por empréstimo não estão descartadas.
Quem volta?
Paralelamente ao grupo que encerra o Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro tem mais de 20 jogadores cedidos a outros clubes.
Entre os favoritos a uma chance com o técnico Mano Menezes está o atacante Neilton, de 22 anos, que defendeu o Botafogo nos dois últimos anos. Pelo clube carioca ele disputou 72 jogos oficiais e marcou 18 gols.
Como o Cruzeiro descartou nova possibilidade de empréstimo, e o Botafogo não tem recurso financeiro suficiente para comprar os direitos econômicos, Neilton pode ser boa opção ofensiva em 2017.
O lateral-direito Fabiano (Palmeiras); o zagueiro Douglas Grolli (Ponte Preta); os laterais-esquerdos Mena (São Paulo) e Pará (Figueirense); os volantes Willians (Corinthians), Willian Farias (Vitória), Eurico (Náutico) e Uillian Correia (Santa Cruz); os meias Gabriel Xavier (Sport), Allano (Bahia) e Matías Pisano (Santa Cruz); e os atacantes Joel (Santos), Rony (Náutico) e Rafael Silva (Figueirense) são exemplos de atletas que terão de se reapresentar na Toca da Raposa II caso não sejam reemprestados ou vendidos.
No caso do volante Willian Farias, o Vitória já manifestou o desejo de ficar com o atleta em definitivo.
Palavra do presidente?
Desde a apresentação do técnico Mano Menezes, em julho, o presidente Gilvan de Pinho Tavares tem se ausentado de entrevistas coletivas. As aparições do dirigente diante de câmeras e microfones têm sido para falar sobre assuntos relacionados à Copa da Primeira Liga, competição pela qual ele é o principal responsável no que diz respeito à organização, ou para homenagens a pessoas ligadas ao clube.
Gilvan deixou de comparer até mesmo ao evento de comemoração dos 50 anos da Taça Brasil de 1966, primeiro título nacional conquistado pelo Cruzeiro. O vice-presidente de futebol, Bruno Vicintin, o diretor de marketing, Marcone Barbosa, e o superintendente da base, Antônio Assunção, foram alguns dos dirigentes que estiveram no Minascentro, palco da homenagem idealizada pela Associação dos Grandes Cruzeirenses (AGC).
Desde que assumiu a presidência do Cruzeiro, em 2012, Gilvan Tavares vive um dos momentos de maior pressão. Nos últimos dois anos, a Raposa não conseguiu sequer chegar à final do Campeonato Mineiro e se limitou a batalhar para não ser rebaixada no Brasileiro.
Coincidentemente, quando o time conquistou dois títulos consecutivos da Série A em 2013 e 2014, Gilvan se mostrava mais acessível e frequentemente participava de coletivas, além de atender telefonemas de repórteres para entrevistas exclusivas.
Portanto, fica a expectativa para ouvir as considerações do presidente sobre o balanço do segundo ano seguido sem grandes emoções ao torcedor cruzeirense.
Fonte: Super Esportes