A crise econômica mais forte em Mato Grosso em 2016 somada à nova concorrência pelo Uber levou os taxistas a suspenderem a cobrança de bandeira 2 tradicionalmente cobra no fim de ano. O diferencial de tarifa, cobrado há 15 anos em Cuiabá, é tido como o 13º salário da categoria.
“Do início do ano para cá, quando começou a crise financeira e política, vem caindo [o movimento], mais ou menos uns 35%”, disse o secretário do sindicato dos taxistas, Aelson Alves.
Os taxistas dizem que o número de corridas diminuiu, tanto no período da manhã quanto no período da tarde. Os passageiros confirmam que o táxi foi um dos cortes para economizar. Em Cuiabá a frota de táxi tem 604 carros.
Além do horário noturno nos dias de semana, a bandeira dois pode ser cobrada nos feriados, no sábado a partir do meio-dia, aos domingos e também quando há três passageiros ou mais.
Em 2016, a tarifa da bandeirada está em R$ 4,80. Na bandeira 1, esse valor aumenta devagar; na bandeira 2, o valor sobe mais rápido. Ao fim, a corrida custa cerca de 30% a mais.
O aplicativo Uber, que conecta motoristas e passageiros, começou a ser disponibilizado para a população na sexta-feira (25), a partir das 13h20, em Cuiabá e Várzea Grande. Calcula-se que o valor cobrado é até três vezes menor que a bandeirada do táxi.
Para uso, é necessário baixar o aplicativo no celular e se cadastrar. O pagamento é realizado em cartão de crédito. O custo do quilômetro está hoje em R$ 1,20 na Grande Cuiabá mais o valor da chamada que é de R$ 2,50. No caso de cancelamento da corrida, o cliente isento de cobrança se for realizada até cinco minutos após a chamada. Ainda é possível fazer cálculo prévio do valor da corrida antes da contratação. O ganho do motorista associado é de 75% do valor da corrida.
