Elize Matsunaga foi condenada nesta segunda-feira (5) pela morte do marido (Foto: TV Globo/Reprodução)
Condenada a 19 anos, 11 meses e 1 dia de prisão em regime fechado pela morte do marido, o empresário Marcos Matsunaga, em 2012, Elize Matsunaga retornou nesta segunda-feira à noite para a Penintenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé. A presa chegou à unidade por volta das 21h30.
Elize já cumpriu 4 anos e meio da pena no presídio, enquanto aguardava o julgamento, que aconteceu entre os dias 28 de novembro e 5 de dezembro – um dos mais longos já registrados. A sentença foi dada na madrugada desta segunda-feira (5).
Ela foi condenada por homicídio sem chances de defesa da vítima, destruição e ocultação de cadáver. O júri ocorreu no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Durante os dias de julgamento, ela ficou recolhida na capital.
De volta a Tremembé, deverá retomar a rotina de atividades na penitenciária, conhecida por abrigar presas como Suzane Von Richthofen e Anna Carolina Jatobá.
Rotina
Elize mantém bom comportamento na unidade, onde divide cela com outra interna e passa oito horas por dia na oficina de costura, setor chefiado por Suzane Von Richthofen. Os dias trabalhados ajudam na remissão da pena que ela terá que cumprir.
A presa recebe visitas de uma tia e mantém contato com o padastro e as irmãs por meio de cartas. Desde a prisão, em 2012, não voltou a ver a filha, que tem cinco anos e vive com os avós paternos. A expectativa é de que Elize possa ir para o regime semiaberto em 2018.
Crime
Elize foi condenada por matar o marido Marcos Kitano Matsunaga com um tiro na cabeça. Depois da morte, ela esquartejou o corpo e desovou em malas em uma área de mata em Cotia (SP). Ela confessou o crime, mas sua defesa sustenta que ela disparou para se defender das agressões dele durante uma discussão, motivada por uma traição do marido.
Desde junho de 2012, cerca de dois meses depois do crime, ela está presa emTremembé.
Para o Ministério Público Estadual (MPE), Elize planejou o crime, matou o marido para ficar com o dinheiro de um seguro de vida no valor de R$ 600 mil, e o esquertejou enquanto ainda estava vivo.
Os jurados, contudo, não condenaram Elize por esses agravantes – eles entenderam que a morte não foi premeditada, não teve como motivo vingança ou o dinheiro e que Marcos já estava morto quando ela o esquartejou.
Fonte: G1