Na noite desta segunda-feira (5), um oficial de Justiça foi até a residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros, para notificá-lo oficialmente da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio de afastá-lo da presidência da Casa. O oficial, no entanto, não foi recebido por Renan, que marcou para que a medida fosse cumprida amanhã, às 11h, na Presidência do Senado. De acordo com Luiz Bandeira, Secretário-Geral da Casa, após as 18h o senador não era obrigado a receber a notificação, podendo agendar para o dia seguinte. Calheiros prefere que a notificação seja feita de forma pública, de acordo com Bandeira.
Na tarde hoje, Marco Aurélio decidiu afastar Renan da presidência do Senado, atendendo um pedido liminar feito pela Rede Sustentabilidade na manhã desta segunda-feira. Desde o início da noite, Renan está reunido na residência oficial com diversos senadores, entre eles Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Congresso; Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder do partido no Senado; Aloysio Nunes (PSDB-SP), líder do governo no Senado; João Alberto Sousa (PMDB-MA), presidente do Conselho de Ética, além do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ex-presidente José Sarney.
Ao deixar a reunião a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) disse que a liderança de Renan era importante em um momento "decisivo para o Brasil". "Nós estávamos terminando o ano legislativo, esse é um ano muito decisivo para o Brasil. O Renan tem um papel importante nessa Casa, sempre esteve agregando a liderança para construir essas pautas. Acho que nesse momento a decisão não é bpa, mas não cabe a mim apreciar a decisão do Supremo.
O senador Jorge Viana (PT-AC) também participou da reunião. Ele é o primeiro vice-presidente do Senado e deve assumir a presidência da Casa, com o afastamento de Renan.
Fonte: Agência Brasil