Pedaços do corpo de um detento foram localizados na manhã desta segunda-feira na Penitenciária Regional Major Zuzi, no município de Água Boa, a 730 km de Cuiabá (MT). Na contagem dos presos, os agentes penitenciários notaram a ausência de um reeducando. Em seguida, a confirmação de um crime macabro; o detento foi morto, esquartejado e desossado. Partes do corpo foram jogado pela descarga do vaso sanitário de uma das celas.
O reeducando veio transferido recentemente da Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá. Segundo fontes da penitenciária, ele pertencia ao PCC – primeiro Comando da Capital, uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios em todo país. O que restou do corpo do homem foi localizado em uma cela do Raio Vermelho.
A visão macabra chocou até mesmo os agentes penitenciários e policiais que investigam o crime. O corpo foi esquartejado e desossado. As partes moles do corpo tinham sido jogadas no esgoto da cela. Somente os ossos foram encontrados. Técnicos da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) estiveram no local recolhendo os restos mortais. Como a câmara fria da Politec local está com defeito, os restos mortais foram encaminhados para Barra do Garças, e de lá, irão para o setor de Antropologia do IML de Cuiabá.
Somente um exame de DNA poderá determinar quem é a vítima desta morte cruel. Dos 23 reeducandos que estavam nesta cela, nove foram trazidos para a Delegacia de Polícia local, onde estão prestando depoimento esta tarde.
A polícia investiga que tipo de instrumento foi utilizado para esquartejar o corpo, quem participou do crime e quais os motivos. Quem for responsabilizado pela morte do reeducando, pode ser enquadrado nos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, associação criminosa, entre outros.
Comanda o inquérito policial, o Delegado Dr. Sued Dias de Cocalinho, substituindo a titular, Dra. Luciana Canaverde, que está de licença médica. O único preso que não respondeu à chamada na cela é Leandro Real Pereira, mas a confirmação só virá após exame de DNA que pode demorar alguns meses.
Fonte: Comunicação Interativa