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Aluno que passou mal em treinamento dos Bombeiros morre em Cuiabá

O aluno do Curso de Formação do Corpo de Bombeiro de Mato Grosso, Rodrigo Claro, 21 anos, morreu na noite desta terça-feira (15) após passar cinco dias internado no Hospital Jardim Cuiabá, na Capital. Ele deu entrada no hospital com aneurisma cerebral após, supostamente, ter recebido uma série de afogamentos propositais em um processo conhecido como "caldo" durante o curso. O Corpo de Bombeiros diz que mal-estar teria sido provocado após uma travessia na Lagoa Trevisan.

De acordo com nota enviada pelo Corpo de Bombeiros, ainda não se sabe a causa da morte e um laudo deve ser emitido nos próximos 15 dias. 

Na data do fato, Rodrigo teria relatado fortes dores de cabeça e exaustão. Ao retornar para o batalhão no bairro Verdão, o aluno foi levado até uma policlínica onde teve duas convulsões. Ele teria dado entrada no hospital em estado crítico.

Segundo outro aluno, o jovem teria recebido uma série de afogamentos em um procedimento chamado ‘caldo’ e passou mal. O Corpo de Bombeiros informou em nota que o aluno teria sentido os sintomas após realizar uma travessia a nado com outros companheiros. “Mesmo assim, o comandante-geral da instituição determinou a abertura de um procedimento administrativo para apuração dos fatos” dizia o documento.

Velório

O velório é realizado em Cuiabá, no 1º Batalhão de Bombeiros Militar, das 14h às 16h30. Em seguida o corpo segue para Tangará da Serra, onde será velado até às 7h, do dia 17.11. E por fim, será levado para Sinop, onde ocorrerá o sepultamento.

Nota do Corpo de Bombeiros

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso vem a público esclarecer fatos ocorridos durante etapa do Curso de Formação de Soldados, realizada nesta semana em Cuiabá.

Nesta quinta-feira (10.11), durante instrução de salvamento aquático na Lagoa Trevisan, o aluno Rodrigo Claro queixou-se de dor de cabeça ao seu instrutor. O aluno realizava uma travessia a nado na lagoa com os demais companheiros de curso, com toda a estrutura de segurança exigida para o evento. Quando chegou à margem do lago, reclamou que não conseguia continuar a instrução porque estava com muita dor de cabeça.

Em seguida, foi liberado para retornar ao Batalhão, onde deveria apresentar-se à coordenação do curso para explicar o problema de saúde ocorrido. Ao chegar ao Batalhão, Claro foi encaminhado à policlínica do Verdão, que fica em frete ao quartel, acompanhado por um bombeiro do curso, onde foi atendido.  Enquanto era medicado, sofreu uma convulsão.

Após isso, com o conhecimento dos pais, ele foi transferido para o Hospital Jardim Cuiabá, onde foi diagnosticado com aneurisma cerebral, passou por cirurgia e segue internado na Unidade de Terapia Intensiva. 

O Corpo de Bombeiros Militar está prestando todo o apoio ao militar e sua família e se coloca à disposição para prestar outros esclarecimentos, se necessário.

Ainda de acordo com o instrutor da matéria de salvamento aquático, o aluno vinha apresentando os mesmos tipos de sintomas quando era submetido aos esforços exigidos para os treinamentos, não só na matéria especifica, mas também em outras atividades que demandavam esforços.

Mesmo assim, o comandante-geral da instituição, determinou a abertura de um procedimento administrativo para apuração dos fatos.

Raul Bradock

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