Foto Ahmad Jarrah
Continua na tarde desta quinta-feira (10) a audiência de instrução com as testemunhas arroladas pelos réus na ação penal da operação Rêmora. A ação investiga uma suposta organização criminosa que fraudava licitações da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) orçadas em R$ 56 milhões. A sessão será realizada pela juíza Selma Rosane Arruda, na 7ª Vara Criminal, do Fórum de Cuiabá.
Estão previstas o interrogatório de José Carlos Pena da Silva, Luiz Carlos da Silva e Antônio Luiz de Deus. Na última terça-feira (8), duas testemunhas não compareceram, e elas poderão prestar depoimento nesta quinta-feira.
São réus no processo o ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, os ex-servidores da Seduc Fábio Frigeri, Moisés Dias da Silva, Giovani Belatto Guizardi, Wander Luiz dos Reis e os empresários Luiz Fernando da Costa Rondon e ainda o engenheiro Juliano Jorge Haddad.
O Ministério Público denunciou ao todo, 24 pessoas e a juíza acolheu a denúncia transformando todos em réus pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel e fraudes a licitações. Dessa forma, as outras 17 pessoas continuam sendo processadas em outra ação penal que também tramita na 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
Operação
Deflagrada no dia 3 de maio pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), a Operação Rêmora desarticulou um esquema de fraudes e direcionamento de licitações para reforma e construção de escolas estaduais. Pelo menos 23 obras totalizando R$ 56 milhões eram alvos da organização criminosa, que segundo o Ministério Público Estadual (MPE), era chefiada pelo então secretário estadual de Educação, Permínio Pinto (PSDB).