A uma vitória do inédito título, Nico Rosberg usará a favor de si a rivalidade com Lewis Hamilton, a maior nos últimos anos da Fórmula 1. Os dois são os únicos pilotos na briga pelo troféu do Mundial 2016, embora o alemão tenha uma vantagem relativamente confortável de 19 pontos a duas etapas para o término do campeonato.
A disputa entre os dois, no entanto, não é de agora. Rosberg e Hamilton se conhecem desde 2000, quando tinham 13 anos e integravam a mesma equipe de kart. Em 2004, dividiram as pistas na F3 Europeia, mas desta vez como rivais. Nico, então, partiu para a GP2, em 2005, enquanto Lewis permaneceu mais um tempo na F3. Só voltaram a se encontrar em competições em 2007, na F1, com o alemão na Williams e o britânico na McLaren, escuderia pela qual conquistaria seu primeiro título na categoria, em 2008.
Dezesseis anos depois da parceria no kart, a dupla da Mercedes decide pela terceira temporada consecutiva o título da F1, algo "incrível" para Rosberg. "Em 2000, estávamos de férias e num restaurante um falou para outro: 'Imagina disputar a F1 nas melhores equipes?'. Depois de 16 anos, isso aconteceu e é incrível", contou o alemão, durante entrevista coletiva concedida na última quarta-feira, em um hotel da Zona Sul de São Paulo.
Apesar de o confronto com Lewis Hamilton ser de longa data, Nico Rosberg não ousa compará-lo à rivalidade entre o brasileiro Ayrton Senna e o francês Alain Prost, que teve seu ápice no final da década de 1980 e o início dos anos 1990.
"É uma honra sermos comparados com a grande rivalidade Senna/Prost, mas não faço essa comparação. Nossa rivalidade é grande, na maioria das corridas estamos próximos, infelizmente (risos). Certamente teremos ainda muitos anos de rivalidade, já que tanto eu quanto ele temos mais dois anos de contrato com a Mercedes", avaliou Rosberg, revelando um pouco da relação com o rival britânico.
"Muda sempre. Nós temos respeito um pelo outro desde os tempos de kart, quando tínhamos 13 anos. Há altos e baixos, às vezes a situação fica difícil, às vezes mais fácil, mas trabalhamos pelo bem da equipe", acrescentou.
De fato, a rivalidade entre seus pilotos ajudou a Mercedes a conquistar de maneira antecipada o tricampeonato Mundial de Construtores consecutivo. Na competição individual, Rosberg viu Hamilton encostar na classificação com as recentes vitórias nos Estados Unidos e no México.
Sem nada garantido apesar da boa vantagem de 19 pontos, o alemão tenta usar a pressão nesta reta final para se motivar. "Hoje, eu tenho mais experiência. Tivemos essa briga há dois anos, não mudou muita coisa. A minha vontade continua a mesma nesse final de semana. Gosto dessa pressão, me motiva, me ajuda a ter um bom desempenho. Tenho boas chances de ganhar", concluiu Nico Rosberg.
Penúltima etapa do campeonato, o Grande Prêmio do Brasil tem início nesta sexta-feira , com os treinos livres em Interlagos. O grid de largada será formado no sábado. A corrida está marcada para domingo, às 14 horas (de Brasília).
Fonte: Super Esportes