Um grupo de cerca de 100 pessoas, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), acampou em frente ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região de Mato Grosso, na madrugada desta quinta-feira (10). Os manifestantes instalaram cerca de 20 barracas de camping nas calçadas da Avenida 21 de Abril com a Avenida Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), em Cuiabá.
Os integrantes não quiseram falar o porquê do acampamento em frente ao prédio da Justiça Federal. Funcionários do local falaram ao Circuito Mato Grosso que foram surpreendidos nesta manhã, quando chegaram para trabalhar e se depararam com o acampamento.
O MST divulgou nota informando que a manifestação tem como objetivo cobrar agilidade nos processos que estão travados ‘há muitos anos em posse da Justiça Federal’ e repudiar a ação do ‘Estado brasileiro de perseguir, prender politicamente militantes e invadir instituições de ensino ligadas ao MST’.
Leia na íntegra a nota
Na manhã de 10 de Novembro de 2016, cerca de 130 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), fazem uma vigília enfrente a Justiça Federal na capital de Mato Grosso. Esta vigília é realizada para cobrar agilidade nos processos que estão travados há muitos anos em posse da Justiça Federal, assentamento imediato de 1200 famílias Sem Terra de MT e denunciar o processo de criminalização e perseguição dos movimentos sociais em todo o país. Repudiamos a ação do estado brasileiro de perseguir, prender politicamente militantes, e invadir instituições de ensino ligadas ao MST, isso só nos comprova que estamos vivendo um estado de exceção e nos remete a um triste episódio da história deste país ao qual vivíamos sob as botas dos militares. Refirmamos nosso compromisso com a luta pela terra, em defesa da reforma agrária e do meio ambiente e por meio desta também queremos esclarecer que as ocupações de rodovia que aconteceram durante toda esta semana na Rodovia MT 170 próximo a Brasnorte MT não foram idealizadas e nem tiveram base organizada do MST como foi mencionado pelos veículos de comunicação. Denunciamos estes meios de comunicação que não respeitam a soberania do povo brasileiro, que ao invés de cumprir o real papel de informar e formar a população os torna cada dia mais ignorantes na tentativa de colocar trabalhadores contra trabalhadores. E estaremos em luta permanente contra as políticas que tragam retrocessos para o povo e contra a perca de direitos da classe trabalhadora.
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