Ex-banqueiro Rurik Jutting, de 31 anos, durante julgamento (Foto: Bobby Yip/Reuters)
O ex-banqueiro britânico Rurik Jutting, de 31 anos, foi condenado à prisão perpétua nesta terça-feira (8) pela morte de duas jovens indonésias encontradas em seu apartamento em 2014, de acordo com a CNN. A decisão do júri foi por unanimidade nos dois casos.
No primeiro dia de julgamento na segunda-feira (24) pelo caso de homicídio mais importante registrado em uma década em Hong Kong, ex-colônia britânica, Jutting alegou inocência por homicídio doloso, mas não de homicídio culposo.
Ele também se declarou culpado da acusação de impedir que um dos corpos fosse enterrado. Durante o julgamento, a defesa do ex-banqueiro argumentou que ele foi afetado por problemas psicológicos no momento dos assassinatos.
Seneng Mujiasih e Sumarti Ningsih, ambas com 20 anos, foram achadas mortas no apartamento do acusado em 1º de novembro de 2014. Foi ele próprio que avisou a polícia.
Os investigadores acharam Seneng Mujiasih nua com ferimentos de faca nas pernas e nas nádegas. O corpo em decomposição de Sumarti Ningsih foi achado várias horas depois dentro de uma mala.
O acusado gravou as imagens dos crimes, inclusive as torturas que infringiu à primeira vítima.
Segundo o promotor John Reading, o acusado torturou Sumarti Ningsih, que mantinha relações sexuais com ele, durante três dias antes de matá-la no chuveiro com uma faca de serra.
Depois de matá-la, o acusado envolveu seu corpo numa lona e o colocou numa mala. Jutting comentou na gravação o quanto gostou de matar a moça e que não poderia tê-lo feito sem consumir cocaína.
Em 31 de outubro, Jutting se encontrou pela primeira vez com Seneng Mujiasih, também para ter relações sexuais, e para matá-la usou facas e um martelo, que escondeu debaixo do sofá.
Diante do tribunal, um grupo de manifestantes e membros de associações de ajudas aos imigrantes indonésios pediam um julgamento rápido justo e indenização para as famílias das vítimas.
Fonte: G1