Se o Santos está revoltado com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) por ter mudado em cima da hora o dia e o horário de sua partida contra a Ponte Preta, vencida por 2 a 1 no último domingo, o clube tem ainda mais razão em reclamar da entidade por outro fator, que pode ser decisivo para lhe tirar o título do Brasileiro: as convocações para a seleção.
Sem alguns de seus principais jogadores, que não jogaram porque o campeonato seguiu acontecendo ao mesmo tempo dos torneios disputados pela seleção, o time da Vila Belmiro perdeu grande quantidade de pontos, que agora fazem falta em sua corrida atrás do rival Palmeiras, líder com seis pontos de vantagem para a equipe praiana.
Durante a Copa América Centenário, por exemplo, o "Peixe" perdeu o atacante Gabigol e o meia Lucas Lima durante cinco partidas.
Destas, ganhou duas empatou uma e perdeu outras duas, com aproveitamento de 46,6%.
Já na Olimpíada, o volante Thiago Maia e o lateral Zeca viraram desfalque por seis partidas do Santos no Brasileirão.
Foram três vitórias, um empate e duas derrotas, com aproveitamento de 55,5%.
No total, a CBF desfalcou o clube praiano em 11 partidas, na qual o time somou cinco vitórias, dois empates e quatro derrotas, o que dá aproveitamento de 52%.
Esse valor é muito menor do que o aproveitamento geral do Santos quando a equipe não teve ausências por convocação: 68%.
Fazendo as contas: caso o "Peixe" repetisse essa performance (68%) nos jogos em que foi desfalcado pela seleção, a equipe teria ganho 22 pontos, e não 17.
Portanto, se tivesse cinco pontos a mais, estaria hoje a apenas um do Palmeiras, faltando quatro rodadas para o torneio acabar.
Vale lembrar que o time do Palestra Itália também sofreu com o desfalque de Gabriel Jesus durante a Rio 2016. Nos seis jogos em que ele não atuou pela Olimpíada, o time conquistou apenas oito pontos.
Fonte: Espn