Azir Pedroso de Arruda, de 47 anos, e Wender Roger Ferreira de Arruda, de 27 anos, tiveram mandados de prisão temporária cumpridos nesta sexta-feira (21) por policiais civis da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Os suspeitos, pai e filho, são investigados por homicídio qualificado, ocorrido nas proximidades do campo de futebol do bairro do Porto, na Capital, após desentendimento relacionado a apostas de jogo de baralho.
O crime aconteceu na véspera das eleições municipais, no sábado (01) e vitimou Maurício Dias de Amorim, de 52 anos. O homem foi atingido com disparos de arma de fogo (calibre 38), vindo a óbito durante a madrugada após atendimento médico no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá.
Ao serem detidos pela DHPP na tarde desta sexta-feira (21), Azir e Wender, que é conhecido como Du, confessaram o crime em interrogatório conduzido pelo delegado de polícia Antônio Carlos de Araújo, e afirmaram que a vítima estaria com uma faca. No entanto, a versão não bate com o depoimento de uma testemunha ocular do fato que apontou que a vítima estaria desarmada.
Restou apurado que na data do crime no final da tarde, Azir teria se desentendido com um homem de nome Michel referente ao valor do dinheiro que devia a ele após perder algumas partidas de jogos de baralho (cerca de R$ 35). Os dois chegaram às vias de fato, sendo contidos pela vítima que, segundo testemunhas, interferiu na discussão com o objetivo de cessar a desavença.
No entanto, Azir não teria gostado da interferência de Maurício e o clima tenso teria se acirrado entre ambos. Azir possivelmente teria ligado para o filho, Wender, para que viesse em sua defesa e em desfavor de seu recém-desafeto.
Afastado fisicamente por populares, horas depois da discussão Maurício se preparava junto a outros comerciantes para ir embora do local – onde comercializava comida aos frequentadores, quando foi surpreendido por Wender (acompanhado do pai, Azir) que teria desferido golpes de madeira em seu corpo e, em seguida, efetuado disparos de arma fogo em sua direção, vindo a atingir a região da cabeça.
Após investigação pormenorizada do fato, laudo pericial e oitiva de testemunhas, o delegado à frente do caso, Antônio Carlos de Araújo, representou na semana passada (13.10) pela prisão temporária (30 dias) dos suspeitos de cometer o homicídio qualificado, sendo deferida pelo Judiciário e devidamente cumprida nesta sexta-feria (21), e ainda pela busca e apreensão na residência de ambos em Várzea Grande. “Esta representação visa impedir que os agentes soltos continuem a delinquir e servem ainda, com o fito de acautelar o meio social”, explica o delegado.