Cidades

Empresário é condenado a 20 anos e três meses pelo assassinato de Maiana

Apontado pela polícia como o mandante do assassinato da adolescente Maiana Mariano, em dezembro de 2011, o empresário Rogério Amorim da Silva, 42, foi condenado a 20 anos e três meses em regime fechado, pelo júri popular na tarde desta quarta-feira (19). Paulo Ferreira, que confesou o assassinato de Maiana pegou 18 anos e nove meses também em regime fechado. Carlos Alexandre, acusado de ter ajudado na ocultação do cadáver pegou um ano e seis meses em regime aberto. A decisão foi proferida pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da Primeira Vara Criminal da Capital, que presidiu o julgamento. 

O Júri Popular foi formado por seis homens e apenas uma mulher. Durante mais de 30 horas de julgamento, os advogados das defesas adotaram como estratégia denegrir a imagem de Maiana, enquanto exaltavam as qualidades do empresário. Para o promotor James Romaquelli os advogados se preocuparam exclusivamente na tentativa de isentar o empresário Rogério Amorim de ser o mandante do crime.

Entre as ações imputadas à jovem assassinada está de que ela seria ‘garota de programa’, ‘namoradeira’, ‘usava roupas curtas’, além de ‘trocar a noite pelo dia’.  “Ela era conhecida por ter uma tatuagem de pimentinha nas costas, pouco acima do bumbum”, disse o advogado de Paulo Ferreira, Givanildo Gomes. Ele disse ainda que Paulo “cometeu o crime por injusta provocação da vítima, que não era santa.”

Paulo Ferreira tinha confessado anteriormente que teria matado a adolescente a mando de Rogério, em depoimento durante as investigações, mas nesta terça-feira (18), o réu sustentou que teria matado a jovem por raiva. Paulo disse que ela teria o convidado para realizar um roubo à empresa de Rogério, e numa discussão a jovem teria agredido ele com uma chave de grifo. Neste momento, segundo o advogado de defesa, ele teria partido para cima dela e asfixiado a garota.  

O irmão da vítima, Danilo Raul Mariano, disse se sentir aliviado pela justiça ter sido feita. “Mostrou para ele que ele estava errado quando tinha falado que matar filho de pobre é que nem matar cachorro, que não dá nada. Ele achou que só porquê tinha dinheiro não ia dar nada e agora vai cumprir 20 anos em regime fechado para ele aprender a não fazer mais nada com a vida de ninguém.”, disse o jovem.  

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Felipe Leonel

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