Internacional

Haiti realizará eleições em 20 de novembro

Homem coloca um pano para cobrir o telhado de sua casa destruída após passagem do furacão Matthew em Les Anglais, no Haiti (Foto: Andres Martinez Casares/Reuters)

O Haiti celebrará eleições presidenciais e legislativas em 20 de novembro e o segundo turno, em 29 de janeiro de 2017, informou nesta sexta-feira o Conselho Eleitoral Provisório. O anúncio é feito depois de o pleito ser adiado várias vezes.

Os haitianos deviam ter ido às urnas no domingo passado, mas a votação foi adiada devido à devastação provocada pelo furacão Matthew, que deixou pelo menos 473 mortos e provocou uma nova crise humanitária em um país já devastado pelo terremoto de 2010.

O primeiro turno das eleições, realizado em outubro de 2015, foi anulado em meio a violentos protestos nas ruas e a denúncias de fraude maciça, deixando o país mais pobre das América em um limbo político desde então.

Os resultados foram rejeitados pela oposição, que denunciou "um golpe de Estado eleitoral" para favorecer o então presidente, Michel Martelly. O candidato apoiado pelo governo, Jovenel Moïse, obteve 32,76% dos votos, contra 25,29% de Jude Célestin, que qualificou os resultados como "farsa ridícula". A comissão independente de verificação e avaliação eleitoral recomendou a anulação desse primeiro turno, após constatar fraudes.

Após a a saída sem sucessor de Michel Martelly, em fevereiro, o Parlamento elegeu o presidente interino Jocelerme Privert.

Falta de água e comida
A angústia é um sentimento que começa a se estender entre a população de Jeremie, no sudoeste do Haiti, perante a falta de água e de alimentos. Oito dias depois de o furacão Matthew arrasar a cidade, a ajuda humanitária ainda não consegue chegar ao local.

A Polícia Nacional do Haiti patrulha constantemente a região e não duvida na hora de sufocar a menor ameaça de revolta, como a que ocorreu esta semana, quando um grupo de homens bloqueou uma das ruas de acesso ao centro. Pelo menos um foi detido depois que duas barricadas foram montadas para exigir a entrega de comida, bebida e remédios que parecem nunca chegar.

Os colégios que se tornaram abrigos para a população, como o Sainte Marguerite d'Youville, acolhem centenas de pessoas e são um perfeito reflexo da urgência que é a chegada de ajuda.

Além dos problemas logísticos causados pela dificuldade de acesso às regiões mais castigadas, outra razão para a demora é a falta de coordenação institucional, que continua impedindo o desenvolvimento de uma ação humanitária eficiente para atender as necessidades básicas da população.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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