Caso os salários dos servidores não voltem a ser pagos em dia, o Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (Sindepojuc) poderá ingressar com ação contra o Governo do Estado na Justiça, segundo o presidente da entidade, Davi Nogueira.
Para Nogueira essa é uma luta de todos os servidores públicos e está sendo encampada pelo Fórum Sindical. Ele também não descarta o acionamento do Estado na Justiça, caso servidores que recebam menos de R$6 mil líquidos não tenham recebido ainda.
“Se houver algum Escrivão de Polícia que receba até R$6 mil líquidos e que os valores não tenham sido depositados em sua conta, os mesmo deverão entrar em contato com o sindicato para medidas cabíveis”, disse.
A decisão do governador Pedro Taques (PSDB) em escalonar o pagamento dos salários dos servidores foi criticada pelo presidente. “Situação preocupante uma vez que os servidores programam as obrigações financeiras, como mensalidades de escolas, faculdades, financiamentos, cartões de crédito, dentre outras despesas, com base no recebimento dos salários no dia 30. Esse atraso gera juros para o servidor e o governo não está preocupado com isso,” afirmou o presidente.
Se necessário, o departamento jurídico do Sindicato irá entrar com uma ação contra o governo em relação ao descumprimento da lei, que autoriza o pagamento dos salários dos servidores no máximo até o dia 10.
Nogueira destacou que há mais de 20 anos Mato Grosso não atrasava o pagamento dos salários, além da insatisfação dos servidores que trabalham descontentes com o parcelamento da Revisão Geral Anual (RGA).
Escrivão de polícia desde 2001, Osiel Araújo, lembra nunca havia passado por tal situação. Para Osiel, o ‘atraso’ dos salários retrai ainda mais a economia, “essa é a primeira vez que vejo o salário atrasar. Uma pena porque todo esse imbróglio resvala no servidor público, com corte de créditos, inclusive, os consignados,” explica.
Com Assessoria
