O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE/MT) intensificou a fiscalização de candidatos, que concorrem a cargos eletivos nas Eleições 2016. Apesar de não poder estar em todos os lugares para efetuar atividades de fiscalização, a presidente do TRE/MT, desembargadora Maria Helena Póvoas, explicou que a instituição desenvolve ferramentas de controle social, como o aplicativo ‘Caixa 1’ e Pardal, que estão disponíveis para download na loja de aplicativos para smartphones.
Lançado em 2014, o aplicativo Pardal continua sendo a ferramenta mais utilizada pelos mato-grossenses na hora de denunciar irregularidades em propagandas e crimes eleitorais. De acordo com um balanço divulgado em entrevista coletiva, na tarde desta sexta-feira (30), o aplicativo recebeu 625 denúncias. A ferramenta ganhou notoriedade em todo Brasil, e hoje é utilizada por todos os Tribunais Regionais Eleitorais do Brasil, por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Outra novidade deste pleito é o aplicativo ‘Caixa 1’, que já teve mais de mil downloads e mais de 100 informações enviadas para averiguação do TRE/MT. A desembargadora explica a importância para que a sociedade compreenda a importância de denunciar os abusos de poder político e econômico. “Essa é uma empreitada do Tribunal, que também passa pela sociedade. É preciso que a sociedade compre conosco essa ideia, precisamos incutir na cabeça dos eleitores que precisam abraçar essa tese junto com o TRE,” disse.
No aplicativo ‘Caixa 1’, os eleitores podem checar qual o limite de gastos do candidato, ver quanto ele já arrecadou, além de ver quais são as pessoas que doaram para a campanha. “Algumas pessoas baixaram o aplicativo por curiosidade, apenas para saber quem doou para quem e acabou nos ajudando. A cada momento que eles teriam informado, por exemplo, de que aquele candidato estaria fazendo um evento no bairro xis, nós iriamos consultar e cruzar os dados e verificar se o candidato havia noticiado ao Tribunal estes gastos,” explicou.
A desembargadora reforçou ainda que todas as denúncias são averiguadas para serem tomadas as medidas necessárias, mesmo quando o crime ocorre no dia da eleição. “É muito importante que as pessoas denunciem, pois o candidato pode até ser eleito, mas pode não ser diplomado ou tomar posse,” argumentou.
Ainda foi estabelecida uma parceria, de acordo com a desembargadora, entre o TSE, o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Receita Federal, para averiguação de dados. Através desta parceria, já foram identificadas 6.111 indícios de irregularidades em doações de campanhas.