A policial Betty Shelby em foto não datada cedida pelo Departamento de Polícia de Tulsa. Ela é acusada de homicídio culposo pela morte de Terence Crutcher (Foto: Tulsa Police Department via AP)
Uma policial branca de Tulsa, Oklahoma, que matou a tiros um homem negro desarmado cujo veículo havia quebrado e bloqueado uma rua na semana passada, se entregou às autoridades sexta-feira (23) por acusação de assassinato, de acordo com registros da prisão.
Betty Shelby, de 42 anos, foi levada à prisão do Condado de Tulsa pouco depois da 1h, no horário local, e após ser acusada na quinta-feira por homicídio de primeiro grau pela morte de Terence Crutcher, de 40 anos.
Shelby foi liberada sob fiança de 50 mil dólares e deve se apresentar em tribunal em 30 de setembro.
Documentos preenchidos pelo condado acusam Shelby de reagir em excesso e aumentar a situação que levou à morte de Crutcher, na sexta-feira da semana passada. Caso condenada, ela enfrenta ao menos 4 anos de prisão, de acordo com advogados.
O incidente, registrado em vídeos da polícia, fez com que aumentassem as críticas sobre uso excessivo de força e preconceito racial contra minorias por parte de autoridades responsáveis por fazer cumprir a lei.
A cidade de Charlotte, na Carolina do Norte, foi palco de três noites seguidas de protestos, alguns violentos, após a morta a tiros de um homem negro pela polícia na terça-feira.
Em dois vídeos divulgados pela polícia de Tulsa, Crutcher pode ser visto com as mãos para o alto antes de ser baleado.
A polícia informou que ele estava desarmado e que não havia armas em seu veículo. A polícia divulgou os vídeos, um feito de um helicóptero policial, e outro da câmera instalada no painel do carro de patrulha, em uma tentativa de oferecer maior transparência.
Shelby disse que seguia para atender um chamado quando parou ao lado de Crutcher, cujo veículo bloqueava uma estrada. A policial disse que ele não respondeu às perguntas feitas e não atendeu aos comandos para parar, enquanto andava para seu veículo com as mãos para o alto.
Fonte: G1