Treze réus na Operação Imperador, que apura o desvio de R$62 milhões da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), serão interrogadas no mês de outubro pela juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal, além das testemunhas arroladas. Entre os réus está a ex-secretária de Estado de Cultura, Janete Riva, esposa do ex-presidente da instituição, José Geraldo Riva, apontado como líder do grupo. As audiências foram marcadas para os dias os dias 25 e 26.
No dia 25 de outubro prestam depoimento Janete Gomes Riva, Edson Jose Menezes, Manoel Theodoro dos Santos, Djan da Luz Clivati, Elias Abrão Nassardem Junior, Leonardo Maia Pinheiro e Elias Abraão Nassarden. Já no dia 26, serão ouvidos Tarcila Maria da Silva Guedes, Clarice Pereira Leite Nassarden, Celi Izabel de Jesus, Luzimar Ribeiro Borge, Jeanny Laura Leite Nassarden e Jean Carlo Leite Nassarde.
As audiências para interrogar as testemunhas acontecem antes. No dia 17 de outubro estão previstas aquelas listadas pelo Ministério Público Estadual (nomes não divulgados). No dia 18, serão ouvidas as arroladas pela defesa de Manoel Theodoro dos Santos Filho, Janete Gomes Riva, Celi Izabel de Jesus e Luzimar Ribeiro Borges.
No dia 18 será a vez das testemunhas citadas pela defesa de Clarice Leite Nassarden e Jeanny Laura Leite Nassarden. Já no dia 20 de outubro será a vez das testemunhas arroladas pela defesa de Tarcila Maria da Silva Guedes e Elias Abrão Nassarden. E no dia para o dia 21, as testemunhas apontadas pelos réus Elias Abrão Nassarden Junior, Leonardo Maia Pinheiro e Edson Jose Menezes. Por fim, no dia 24 serão as testemunhas arroladas pela defesa de Jean Carlo Leite Nassarden e Djan Da Luz Clivati.
A operação Imperador foi deflagrada no dia 21 de fevereiro de 2015 pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) com o propósito de desarticular um esquema criminoso que desviou recursos milionários da ALMT por meio de fraude na aquisição de materiais de expediente.
O principal alvo desta Operação é o ex-deputado estadual José Riva, que na época dos fatos respondia pela presidência da Assembleia. Ele é acusado de ser o chefe da organização criminosa e chegou a ser preso, mas conseguiu habeas corpus. A defesa nega envolvimento do ex-deputado esquema.
De acordo com o Gaeco, o esquema se dava por meio de falsas aquisições de materiais de expediente junto a cinco empresas do ramo de papelaria, onde todas eram de “fachada”.
Para tanto, o grupo teria fraudado a execução de contratos licitatórios na modalidade carta-convite, pregão presencial e concorrência pública. Apesar de as notas apresentarem atestado de recebimento por parte dos servidores, os materiais adquiridos nunca foram entregues à Assembleia. Do montante desviado, cerca de 80% voltava para as mãos Riva, segundo as investigações.
Além do ex-deputado, sua esposa Janete Riva e mais 14 pessoas também foram denunciadas. Apenas José Riva, entretanto, teve a prisão preventiva decretada. Por conta disso, a ação foi desmembrada.