O candidato a prefeito de Foz do Iguaçu, interior do estado do Paraná, Túlio Bandeira (PROS) e mais duas pessoas foram presos, em uma operação pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, acusados de cometer o crime de associação criminosa. Os agentes policiais cumpriram os mandados de prisão temporária nas cidades de Brasnorte (579 km a noroeste de Cuiabá) e Comodoro (644 km a oeste), em Mato Grosso, e um no Paraná.
Conforme o delegado Waner dos Santos Neves, o candidato está preso temporariamente por associação criminosa proveniente da invasão de terras e extorsão. Ele estaria obrigando assentados a saírem de suas propriedades. “Ele é o chefe dessa quadrilha, que ameaçava e obrigava agricultores a saírem de suas terras”, disse o delegado. O mandado foi expedido pela Justiça Estadual de Mato Grosso, de acordo com a Polícia Civil. Bandeira foi levado para a 6ª Subdivisão Policial de Foz do Iguaçu .
Em Comodoro, foi preso o empresário, Geoner Casali Depelegrini, considerado o segundo membro na ordem de comando do bando. Na cidade de Brasnorte, foi presa Maria de Fátima Coelho, também integrante da organização.
Ainda em Brasnorte, os policiais cumpriram buscas em uma fazenda localizada cerca de 230 quilômetros da cidade.
No local, os policiais conduziram seis pessoas, que serão ouvidas na Delegacia de Campo Novo dos Parecis, e, posteriormente, liberadas. Para se aproximar da propriedade, os policiais usaram um ônibus escolar como disfarce.
Toda a operação contou apoio das unidades da Regional de Tangará da Serra (Brasnorte, Sapezal, Campo Novo dos Parecis e Tangará da Serra) e de policiais da Gerência de Operações Especiais (GOE), com apoio da Polícia Civil de Foz do Iguaçu (PR).
A operação
A operação Deméter foi deflagrada no dia 30 de agosto pela Polícia Judiciária, dentro de investigações da Delegacia de Brasnorte (579 km a Noroeste). A ação levou a prisão sete membros de um grupo criminoso considerado de alta periculosidade, que agia em conflitos de terras, na Gleba Tibagi, zona rural do município.
A investigação descobriu uma “milícia” armada, que vinha ameaçando moradores e produtores da região para deixarem suas propriedades. A ação foi deflagrada com apoio da Polícia Militar, resultando também na apreensão de 7 armas de fogo de grosso calibre e munições.
“Várias vítimas haviam procurado a Polícia Civil para denunciar, incluindo alguns produtores que estavam amedrontados com as constantes ameaças. O grupo agia fortemente armado e estava obrigando as pessoas a deixarem suas terras”, explicou o delegado Waner Neves.
Com Assessoria