Os candidatos a prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (PMDB) e Julier Sebastião da Silva (PDT) exaltaram os ânimos durante debate promovido pela Rádio CBN na manhã desta terça-feira (13). A troca de acusações começou quando Julier questionou Pinheiro sobre a denúncia de um suposto envolvimento dele no “golpe das esmeraldas”, publicado nesta segunda-feira (12) pelo portal da Veja.
“Não devo explicação para você e, sim, para a população. Muito me admira um conhecido ex-magistrado recebendo visita da Polícia Federal. Eu não. Isso (esmeraldas) foi uma questão particular e eu nunca envolvi minha vida pública para provar nada. Gostaria que o senhor mantivesse o nível de proposta que o senhor não tem”, respondeu Pinheiro.
Na réplica, Julier contrapôs: “Eu não respondo por qualquer processo e tentaram me envolver numa presepada. As acusações que fizeram contra mim nem se comparam com o seu caso. Foram dadas pedras falsas superiores ao valor de mercado”.
Em seguida, Emanuel Pinheiro contra-atacou, chamando Julier de petista rancoroso e lembrando que o ex-juiz já foi investigado. “Nós percebemos em você o desespero do rancor petista, um rancoroso de Dilma e Lula. Ele nem entrou para a política e já esta enrolado. A Polícia Federal nunca entrou na minha residência. Nunca fui acusado de ter vendido voto ou vendido sentença e o senhor deve me respeitar porque o caso já foi resolvido e já foi provado. Eu não tenho nada a ver”, alfinetou o peemedebista.
Na vez de Pinheiro questionar, ele disse que começaria a falar de política, alegando que o adversário estava muito nervoso. Em resposta, Julier afirmou que se estivesse aposentado aos 32 anos como Pinheiro, estaria tranquilo. Emanuel afirmou, então, que é aposentado pela previdência parlamentar e que contribuiu e pagou por ela. “Até agora ninguém sabe como o senhor vive depois que deixou o cargo de juiz”.
E a troca de farpas continuou. “Emanuel, se você precisar de um advogado para cuidar da defesa no caso das esmeraldas falsas que vá até meu escritório. Quem prendeu o arcanjo, acabou com o crime organizado, quem vende sentença teria vendido naquela época. E nós desqualificamos isso. Não temos acusações sobre pedras falsas”, ironizou Julier.