Internacional

Presidente filipino demonstra arrependimento após xingar Obama

Presidente filipino, Rodrigo Duterte, responde a questões dos jornalistas antes de embarcar para o Laos (Foto: Lean Daval Jr/ Reuters)

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, expressou nesta terça-feira (6) arrependimento após ter xingado o chefe de estado americano, Barack Obama. A ofensa levou a Casa Branca a desmarcar um encontro entre os dois líderes, previsto para acontecer no Laos.

Na segunda-feira (6), Duterte havia chamado o americano de "filho da p." A declaração foi dada à imprensa antes de o filipino, que é conhecido por seu linguajar vulgar, viajar para o Laos onde se encontraria com Obama.

A expectativa era de que Obama questionasse sobre a situação dos direitos humanos no encontro bilateral que aconteceria durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Duterte foi perguntado por um jornalista sobre como reagiria se isso acontecesse.  "Você deve ser respeitoso. Não deve fazer perguntas ou declarações. Filho da p…, vou xingá-lo no fórum", respondeu Duterte. "Vamos chafurdar na lama como porcos se fizer isso comigo", acrescentou o filipino.

Um pouco depois das declarações de Duterte, Obama classificou o filipino de "um cara pitoresco". "Sempre quero ter certeza se vou ter uma reunião que seja realmente produtiva", afirmou Obama, ao explicar que consultaria sua equipe se valeria a pena se reunir com o líder asiático diante de suas declarações.

"Lamentamos que [os comentários] tenham sido entendidos como um ataque pessoal contra o presidente dos Estados Unidos", disse Duterte em comunicado divulgado nesta  terça na cúpula em Vientiane, capital do Laos, segundo a Efe.

2,4 mil mortos
A guerra brutal contra as drogas iniciada por Duterte já custou 2,4 mil vidas, segundo estimativa divulgada pela agência France Presse. O presidente filipino, que chegou ao poder em maio, prometeu matar dezenas de milhares de criminosos com o objetivo de eliminar as drogas ilegais no país em seis meses.

Recentemente, o chefe de polícia das Filipinas incentivou os dependentes químicos a matar os traficantes de drogas e queimar suas casas. A política desperta a preocupação das Nações Unidas e de organizações de direitos humanos.

Obama, que participa do G20, disse que Washington reconhece que as drogas são um problema significativo para as Filipinas, mas insistiu que isso não impede que se tenha preocupações com a maneira que a nova administração filipinas está lidando com a questão.

Polêmicas
Não é a primeira vez que o Duterte diz palavras de baixo calão sobre um chefe de estado. No discurso de lançamento da campanha no ano passado, chamou o Papa Francisco de "filho da p…" por ter provocado engarrafamentos durante uma visita ao país, que tem 80% dos habitantes católicos.

Ele também provocou uma nova polêmica ao chamar o embaixador dos Estados Unidos de "gay". O governo americano respondeu convocando o encarregado de negócios filipino em Washington.

Durante a campanha que o levou ao poder, o advogado de 71 anos costumava insultar os seus adversários políticos.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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